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Petrobras sofre uma desvalorização de R$ 24,5 bilhões devido à decepção com dividendos e resultados

TradingKey
AutorTony
28 de fev de 2025 às 08:36
  • As ações da Petrobras caíram após a divulgação de resultados abaixo do esperado para o quarto trimestre de 2024, resultando em uma perda significativa de valor de mercado.
  • A empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 17 bilhões no quarto trimestre, principalmente devido a impactos cambiais, e anunciou dividendos inferiores às expectativas do mercado.
  • O aumento inesperado no capex em 2024 contribuiu para a queda na distribuição de dividendos, embora analistas prevejam que os desembolsos financeiros possam diminuir em 2025, possibilitando dividendos extraordinários futuros.

As ações da Petrobras experimentaram uma queda acentuada na sessão seguinte à divulgação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2024. Na quinta-feira, os papéis ON recuaram 5,56% para R$ 39,24, enquanto os PNs caíram 3,53% para R$ 36,61. Esse movimento reflete uma perda de aproximadamente R$ 24,5 bilhões no valor de mercado da empresa, que passou de R$ 515,92 bilhões para R$ 491,42 bilhões.

Os ADRs da Petrobras na Bolsa de Nova York já antecipavam a reação negativa, com os PBR caindo 4,40% e os PBR-A recuando 3,82% no pré-mercado. No pós-mercado anterior, as perdas foram ainda mais acentuadas, com quedas de 7,12% e 7,26%, respectivamente.

No quarto trimestre, a Petrobras registrou um prejuízo líquido de R$ 17 bilhões, em contraste com um lucro de R$ 31 bilhões no mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi influenciado principalmente por efeitos contábeis relacionados ao câmbio, contribuindo para uma queda de 70,6% no lucro líquido anual de 2024, que totalizou R$ 36,6 bilhões, após um desempenho recorde em 2023.

O anúncio de dividendos também decepcionou o mercado. O Conselho da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 9,1 bilhões em dividendos, significativamente abaixo das expectativas que variavam entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões, conforme relatado pela XP Investimentos.

Analistas destacam que o capex de 2024 excedeu o guidance em cerca de US$ 2,1 bilhões, surpreendendo o mercado. Essa despesa adicional se deveu ao início antecipado da produção do FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) e a pagamentos adiantados a fornecedores para evitar atrasos em futuras plataformas.

O Itaú BBA enfatiza que, apesar dos desafios atuais, os desembolsos financeiros em 2025 devem ser menores devido à antecipação de pagamentos em 2024, o que pode abrir espaço para distribuições extraordinárias de dividendos. Analistas esperam que uma melhor sincronização entre a evolução física e financeira dos projetos possa sustentar essas expectativas otimistas para o futuro.

Revisado porTony
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