- O Ministro das Finanças da Alemanha não espera que o UniCredit prossiga com a aquisição do Commerzbank devido à oposição do governo alemão.
- UniCredit tem mostrado interesse na aquisição desde setembro, mas enfrenta resistência do Commerzbank e de figuras políticas.
- O CEO do UniCredit planeja aguardar um novo governo em Berlim antes de fazer uma oferta, com eleições previstas para fevereiro.
O Ministro das Finanças da Alemanha, Joerg Kukies, afirmou neste domingo que não prevê que o UniCredit, o segundo maior banco da Itália, avance com seus planos de adquirir o Commerzbank, devido à resistência do governo alemão. O UniCredit vem demonstrando interesse desde que adquiriu uma participação significativa no Commerzbank em setembro, enquanto o banco alemão reforça suas defesas para permanecer independente.
Kukies declarou à emissora ARD que há uma postura muito crítica do lado alemão e que o CEO do UniCredit, Andrea Orcel, está atento a essas críticas, sugerindo que isso impactará a decisão do banco italiano. Andrea Orcel, por sua vez, expressou na sexta-feira que o UniCredit aguardará a formação de um novo governo em Berlim antes de fazer qualquer movimento, especialmente após o colapso da atual coalizão governista, com novas eleições previstas para fevereiro.
Apesar da resistência do Commerzbank, seus funcionários e o chanceler alemão Olaf Scholz, a aquisição encontra apoio de ao menos um grande investidor e de alguns líderes empresariais. O cenário político incerto na Alemanha adiciona complexidade à situação, mas o interesse do UniCredit persiste, aguardando um momento mais propício.