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Brasil mantém taxa de 15% enquanto a inflação persiste.

Cryptopolitan5 de nov de 2025 às 23:13

O Banco Central do Brasil manteve sua taxa básica de juros estável em seu maior patamar em quase duas décadas, sinalizando seu compromisso contínuo no combate à inflação persistente. 

Liderado por Gabriel Galipolo, o conselho manteve a taxa básica de juros Selic em 15% pela terceira reunião consecutiva, em linha com as previsões de todos os economistas consultados pela Bloomberg. 

O banco central já havia elevado as taxas de juros em um total de 4,5 pontos percentuais entre setembro do ano passado e junho.

A inflação mostra sinais de arrefecimento, mas os desafios persistem.

O Banco Central está fazendo progressos graduais no controle dos preços na maior economia da América Latina, mas a inflação deve permanecer acima da meta de 3% até 2028. Níveis recordes de baixa no desemprego e crescentes preocupações com as frágeis finanças públicas do Brasil estão obscurecendo as perspectivas, obrigando os formuladores de políticas a permanecerem vigilantes.

O Banco Central está gradualmente controlando a inflação na maior economia da América Latina, mas a projeção é de que os preços permaneçam acima da meta de 3% até 2028. Com o desemprego em níveis historicamente baixos e crescentes preocupações com a fragilidade das finanças públicas brasileiras, as autoridades mantêm uma postura cautelosa.

Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco Holding SA, escreveu em uma nota de pesquisa antes da reunião que a decisão demonstra “a combinação de uma postura cautelosa diante de um ambiente externo ainda incerto e a avaliação de que os efeitos defasados da política monetária ainda estão se desenrolando”. 

As altas taxas de juros estão prejudicando a atividade econômica, ao mesmo tempo que sustentam o real brasileiro. Os preços ao consumidor recuaram nas últimas semanas, com os brasileiros se beneficiando da queda nos preços dos alimentos.

Ainda assim, odent Luiz Inácio Lula da Silva está acelerando os gastos sociais visando as eleições gerais do ano que vem. Esses desembolsos têm deixado os investidores apreensivos quanto à trajetória e à sustentabilidade da dívida pública, apesar das promessas do governo de gerar um superávit primário, que exclui o pagamento de juros.

A inflação no Brasil subiu ligeiramente em setembro, apesar da queda nos preços dos alimentos.

A inflação na maior economia da América Latina havia inicialmente retomado o crescimento em setembro, apesar da contínua queda nos preços dos alimentos, segundo dados do instituto de estatística IBGE.

Os preços ao consumidor no Brasil subiram 0,48% em setembro, após uma queda de 0,11% em agosto, informou a agência. O resultado ficou ligeiramente abaixo da previsão de expansão de 0,52% feita por economistas em uma pesquisa.

O grupo de alimentos e bebidas, o maior componente da cesta de inflação, diminuiu 0,26% em setembro, marcando a quarta queda consecutiva, segundo o IBGE.

“O grupo de alimentos para consumo doméstico continua a apresentar variações negativas, dada a maior oferta de produtos”, afirmou Fernando Gonçalves, gestor de pesquisa do IBGE, em comunicado.

Os preços ao consumidor subiram 5,17% em setembro na comparação anual (YoY), ante 5,13% em agosto. O Banco Central do Brasil tem como meta uma taxa de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

“O panorama geral permanece benigno. A leve recuperação de setembro reflete principalmente efeitos de base, enquanto os indicadores prospectivos apontam para uma desinflação contínua nos próximos meses”, afirmou Andres Abadia, economista-chefe para a América Latina da Pantheon Macroeconomics.

Em um desenvolvimento relacionado, o governo dodent Luiz Inácio Lula da Silva obteve uma grande vitória após os senadores aprovarem um projeto de lei que isenta dezenas de milhões de brasileiros da classe média do imposto de renda.

O projeto de lei eleva o limite de renda para o pagamento do imposto de renda para 5.000 reais (US$ 930) por mês, ante os 3.036 reais anteriores, proporcionando às famílias mais renda disponível. Economistas afirmam que a medida pode estimular o consumo, ajudando a impulsionar a economia em um momento em que as taxas de juros, já elevadas, estão limitando o crescimento.

A inflação está começando a arrefecer, mas permanece acima da meta, e o Banco Central do Brasil indica que as altas taxas de juros vieram para ficar. Os formuladores de políticas estão sendo cautelosos, ponderando a necessidade de conter a inflação em relação ao desemprego em níveis historicamente baixos e aos crescentes riscos fiscais, em um momento em que o país se aproxima de um ano eleitoral.

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