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A fusão entre Volaris e Viva visa reduzir os custos de frota do novo grupo de companhias aéreas.

Reuters19 de dez de 2025 às 17:18

Por Kylie Madry

- A fusão proposta entre as companhias aéreas mexicanas de baixo custo Volaris VOLARA.MX e Viva Aerobus visa colocar o novo grupo aéreo em condições mais favoráveis para negociar seus custos mais elevados, como aquisição e aluguel de aeronaves, disseram executivos de ambas as empresas na sexta-feira.

A Reuters noticiou com exclusividade (link) na quinta-feira que as duas estavam próximas de um acordo, o qual a Volaris e a Viva confirmaram posteriormente.

"Uma oportunidade significativa reside na redução dos custos de propriedade de aeronaves, que representam a maior despesa - superando até mesmo o combustível", disse o presidente-executivo da Viva, Juan Carlos Zuazua, a analistas em uma teleconferência.

"Vale ressaltar que as principais companhias aéreas globais operam com custos de propriedade até 60% menores do que suas contrapartes latino-americanas, incluindo a Viva e a Volaris", acrescentou.

Ambas as companhias aéreas voam exclusivamente com aviões Airbus AIR.PA e operam rotas semelhantes.

Embora a Volaris e a Viva continuem a operar como marcas separadas, o novo grupo – que atuará sob o nome de Grupo Mas Vuelos – se tornará, de longe, a maior companhia aérea doméstica do México.

As ações da Volaris estavam a caminho de seu melhor dia de sempre, subindo quase 17% após a teleconferência.

Nos termos do acordo, as empresas se unirão em uma fusão entre iguais. O presidente-executivo da Volaris, Enrique Beltranena, admitiu que sua companhia aérea representava cerca de 60% do valor da empresa, enquanto a Viva contribuía com 40%, embora a dívida líquida da Volaris fosse maior.

"Portanto, quando se faz a transição do valor da empresa para o valor do patrimônio líquido, as contribuições relativas do patrimônio líquido tornam-se muito mais próximas", disse ele.

OBSTÁCULOS REGULATÓRIOS PELA FRENTE

Analistas pressionaram repetidamente os executivos sobre o processo regulatório necessário para aprovar o acordo. Entre as companhias aéreas mexicanas, as duas representaram juntas 69% dos passageiros transportados no ano até outubro. Elas foram seguidas pela principal companhia aérea, a Aeromexico AERO.MX, que provavelmente se oporá à fusão.

"Estamos confiantes nos méritos desta transação", disse Beltranena. (Nós) preferimos, neste momento, não especular sobre os resultados ou os possíveis desfechos, nem sobre as condições ou soluções estipuladas pelo órgão regulador.

Este ano, o governo mexicano dissolveu seu órgão regulador independente de defesa da concorrência, a Cofece, e transferiu suas atribuições para uma nova agência controlada pelo Ministério da Economia.

(US$ 1 = 17,9908 pesos mexicanos)

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