
Por Savyata Mishra
4 Dez (Reuters) - Na quinta-feira, a Kroger KR.N reduziu sua previsão de vendas anuais devido a sinais de que os consumidores estão se tornando mais seletivos em suas compras de alimentos e produtos frescos, além de priorizarem mais as promoções.
A rede de supermercados também não atingiu as expectativas de vendas do terceiro trimestre e suas ações caíram quase 6% depois que o presidente-executivo interino, Ron Sargent, afirmou que os consumidores de renda média agora estão sentindo a mesma pressão que as famílias de baixa renda.
"Eles estão fazendo viagens menores e mais frequentes para controlar o orçamento e reduzindo as compras supérfluas", disse ele em uma teleconferência após a divulgação dos resultados, em meio aos cortes nos benefícios do programa de assistência alimentar.
Os benefícios do SNAP, que fornecem assistência alimentar para aqueles com orçamentos mais apertados, foram brevemente suspensos (link) pela primeira vez na história, em 1º de novembro, durante a paralisação do governo federal (link), apertando as finanças familiares.
"Parece que os consumidores estão buscando o melhor custo-benefício ao fazer compras", disse Brian Mulberry, gestor de portfólio da Zacks Investment Management.
A concorrência também se intensificou, com rivais maiores como Walmart WMT.N e Target TGT.N reduzindo drasticamente os preços (link) para conquistar clientes. A Kroger também intensificou os cortes de preços no final do trimestre divulgado, visando reter os consumidores que buscam economia.
A empresa fechou fábricas e cortou empregos para reduzir custos, ao mesmo tempo que reformulou sua estratégia de comércio eletrônico após a demissão (link) do presidente-executivo Rodney McMullen em março.
A empresa fechará três dos oito centros de distribuição automatizados construídos com a parceira britânica (link) Ocado OCDO.L e registrará um encargo de US$ 2,6 bilhões à medida que transita para uma rede híbrida e aprofunda os laços com Instacart, DoorDash e Uber Eats.
As vendas comparáveis da Kroger, excluindo combustíveis, aumentaram 2,6% no terceiro trimestre, em comparação com as expectativas de 2,91%, segundo dados da LSEG. O lucro por ação ajustado foi de US$ 1,05, superando as expectativas de US$ 1,03.
A varejista prevê que as vendas em mesmas lojas, excluindo combustíveis, crescerão entre 2,8% e 3% em 2025, com o ponto médio abaixo da expectativa de aumento de 3,14%. Em setembro, a previsão era de crescimento entre 2,7% e 3,4%.