
25 Nov (Reuters) - Na terça-feira, a Kohl's KSS.N projetou uma queda menor nas vendas e um lucro maior para o ano todo, antes da primeira temporada de festas de fim de ano do novo presidente-executivo no comando, o que provocou uma alta de 27% nas ações da rede de lojas de departamento norte-americana nas negociações pré-mercado.
A segunda revisão anual para cima das previsões neste ano sinaliza o sucesso inicial da recuperação da empresa sob a liderança de Michael Bender, que foi nomeado presidente-executivo permanente um dia antes, enquanto a varejista adiciona mais produtos elegíveis para cupons e investe em marcas próprias para atrair compradores focados em preço baixo. (link)
As ações da Kohl's mais que dobraram desde que Bender assumiu o cargo de presidente-executivo interino em maio. Elas também se beneficiaram da chamada euforia das ações "meme" em julho.
As ações da concorrente Macy's M.N subiram cerca de 5% nas negociações pré-mercado.
"Ainda estamos no início da temporada de festas, mas a perspectiva sugere que a Kohl's está um tanto otimista. Parece que os negócios estão se estabilizando", disse David Swartz, analista da Morningstar.
A Kohl's prevê que o lucro ajustado por ação para o ano fiscal de 2025 ficará entre US$ 1,25 e US$ 1,45, em comparação com a previsão anterior de US$ 0,50 a US$ 0,80.
A empresa prevê uma queda nas vendas anuais entre 3,5% e 4%, em comparação com a redução de 5% a 6% estimada anteriormente.
VISANDO CLIENTES FIÉIS E MAIS JOVENS
A Kohl's tem revitalizado categorias como joias finas e acessórios – que foram deixadas de lado durante mudanças de mercadoria realizadas no passado – para impulsionar a demanda de sua base de clientes principal e fiel.
A empresa intensificou parcerias como a Sephora, apresentando marcas da moda como a Rare Beauty de Selena Gomez, a Miu Miu da Prada e a Kerastase da L'Oreal, com o objetivo de atrair consumidores mais jovens para suas lojas de departamento de nível intermediário.
A Kohl's registrou um lucro ajustado surpreendente de 10 centavos por ação no terceiro trimestre encerrado em 1º de novembro, em comparação com as estimativas de um prejuízo de 20 centavos, de acordo com dados compilados pela LSEG.
A margem bruta trimestral aumentou 51 pontos-base, atingindo 39,6%.
As medidas de redução de custos implementadas pela empresa ao longo do ano, como a diminuição do estoque, o fechamento de lojas com baixo desempenho e o corte de empregos corporativos, protegeram suas margens de maiores investimentos e atividades promocionais.
As vendas trimestrais da empresa foram de US$ 3,41 bilhões, superando as estimativas de US$ 3,32 bilhões.