Palo Alto Networks comprará Chronosphere por US$ 3,35 bilhões e eleva previsões anuais

Por Juby Babu

19 Nov (Reuters) - Palo Alto Networks PANW.O anunciou na quarta-feira que comprará a Chronosphere, empresa de gerenciamento e monitoramento em nuvem, por US$ 3,35 bilhões, em uma iniciativa da empresa de cibersegurança para fortalecer sua oferta de inteligência artificial.

A empresa sediada em Santa Clara, Califórnia, planeja integrar a Chronosphere à plataforma Cortex AgentiX, permitindo o uso de seus agentes de IA nos dados da empresa de gerenciamento em nuvem para detectar problemas de desempenho e investigar autonomamente sua causa raiz.

Palo Alto pagará o valor do acordo em dinheiro e novas ações para substituir as premiações antigas.

As ações da Palo Alto caíram mais de 3% após o fechamento do mercado.

O preço da Chronosphere e o anúncio da aquisição antes da conclusão do negócio com a CyberArk provavelmente estão pressionando as ações, disse o analista Rudy Kessinger, da DA Davidson.

Palo Alto pagará quase 21 vezes a receita recorrente anual da Chronosphere, que era superior a US$ 160 milhões no final de setembro de 2025.

A empresa anunciou a aquisição da empresa de segurança de identidade CyberArk Software CYBG.F por cerca de US$ 25 bilhões (link) em julho. Embora a CyberArk tenha tido a aprovação de seus acionistas na semana passada, a conclusão de ambos os negócios está prevista para o segundo semestre do ano fiscal de 2026.

Separadamente, a Palo Alto elevou suas previsões anuais de receita e lucro, com base na expectativa de um aumento na demanda por suas soluções de cibersegurança para combater as crescentes ameaças online.

Para o ano fiscal de 2026, a Palo Alto agora prevê uma receita entre US$ 10,50 bilhões e US$ 10,54 bilhões, em comparação com a previsão anterior de US$ 10,48 bilhões a US$ 10,53 bilhões.

A empresa prevê um lucro ajustado anual por ação de US$ 3,80 a US$ 3,90, superior à previsão anterior de US$ 3,75 a US$ 3,85.

Os gastos com cibersegurança têm se mantido resilientes, sustentados por ameaças de atores estatais e ataques de ransomware cada vez mais sofisticados, beneficiando empresas como a Palo Alto.

No primeiro trimestre encerrado em 31 de outubro, a receita cresceu 15,6%, atingindo US$ 2,47 bilhões, valor em grande parte em linha com a média das estimativas dos analistas, segundo dados compilados pela LSEG.