Volvo Cars eleva meta de margem de lucro em meio a reformulação estratégica

Por Marie Mannes

ESTOCOLMO, 6 Nov (Reuters) - A Volvo Cars VOLCARb.ST afirmou na quinta-feira que pretende atingir uma margem de lucro operacional de longo prazo superior a 8% como parte de sua reformulação estratégica (link), o que inclui reformular seus planos de eletrificação e fabricar carros híbridos por mais tempo.

A montadora sueca abandonou sua meta no ano passado (link) de se tornar totalmente elétrica até 2030, afirmando que continuaria a introduzir (link) híbridos em meio a uma desaceleração na demanda por veículos totalmente elétricos.

Com a maior parte dos seus carros destinados aos EUA fabricados na Europa, a Volvo foi fortemente impactada pelas tarifas de importação do presidente Donald Trump, mas recentemente tomou medidas para transferir a produção (link) de alguns híbridos para os Estados Unidos.

O diretor financeiro da Volvo, Fredrik Hansson, disse à Reuters antes de um encontro com investidores na quinta-feira que a montadora não estava estabelecendo um prazo para a nova meta, mas que seu trabalho com a Geely e os cortes de custos deveriam gerar uma melhoria de 2 a 3 pontos percentuais na margem de lucro.

Hansson afirmou que estão utilizando o mesmo software que a Geely, sua acionista majoritária GEELY.UL. A utilização dos fornecedores de hardware do conglomerado chinês está entre os principais elementos do programa de redução de custos de US$ 1,9 bilhão lançado pela Volvo em abril.

A Volvo também pretende incluir as marcas da Geely em algumas de suas operações de fabricação, como a produção de um Polestar (link) em sua nova (link) fábrica na Eslováquia.

"O cerne da colaboração com a Geely reside no fornecimento comum, nos fornecedores em comum e no aproveitamento do fato de a Geely ser a terceira maior montadora de automóveis do mundo", afirmou.

"Estamos prontos para a eletrificação completa quando nossos clientes estiverem. Mas também sabemos que o desenvolvimento é diferente em cada região. Portanto, precisamos de um caminho mais longo", acrescentou Hansson.

COOPERAÇÃO MAIS PROFUNDA COM A GEELY DA CHINA

A Volvo trouxe de volta (link) o ex-presidente-executivo Hakan Samuelsson, no início de 2025, um confidente próximo de Li Shufu, proprietário da Geely (link), por um período de dois anos para reanimar o preço das ações, que atingiu um nível historicamente baixo, implementando rapidamente medidas de redução de custos (link) e o corte de 3.000 postos de trabalho administrativos.

Isso também incluiu o abandono das projeções da Volvo na época, como atingir uma margem de lucro operacional principal de 7 a 8% para o ano de 2026 e gerar um forte fluxo de caixa livre positivo. Sua margem ficou em 5,6% no ano passado.

No mês passado, Samuelsson apresentou resultados melhores do que o esperado (link). Os lucros do terceiro trimestre impulsionaram as ações da Volvo em 40%. As ações subiram 1,3% às 08h08 GMT de quinta-feira.