
Por Allison Lampert e Nandan Mandayam
30 Out (Reuters) - A fabricante de peças para aviões Howmet Aerospace HWM.N elevou suas previsões de receita e lucro anual na quinta-feira e afirmou esperar uma demanda mais forte, impulsionada pelo aumento na produção de jatos comerciais em 2026.
A Boeing BA.N e a Airbus AIR.PA estão aumentando a produção (link) de seus jatos de corredor único mais vendidos, impulsionados por longas carteiras de encomendas e pela demanda resiliente por viagens aéreas, beneficiando fornecedores como a Howmet. Ao mesmo tempo, os desafios na cadeia de suprimentos e os atrasos na produção de jatos de fuselagem larga têm afetado a produção de novas aeronaves, mantendo em operação por mais tempo as aeronaves mais antigas que necessitam de peças de reposição.
As ações da Howmet subiram 1,4% no meio do pregão, após a empresa superar as expectativas dos analistas em relação à receita e ao lucro trimestrais.
A fabricante de peças fundidas e fixadores com sede na Pensilvânia afirmou que espera que sua receita atinja cerca de US$ 9 bilhões em 2026, representando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior, devido aos investimentos em peças para motores.
REPASSE DOS CUSTOS RELACIONADOS ÀS TARIFAS
O presidente-executivo da Howmet, John Plant, também disse aos analistas que a empresa mitigou o impacto da guerra comercial liderada pelos EUA para cerca de US$ 5 milhões, repassando aos clientes os custos mais altos relacionados às tarifas.
No início deste mês, seu maior cliente, a Boeing, recebeu aprovação para aumentar a produção mensal (link) de seu jato de corredor único mais vendido, o 737 MAX, para 42 por mês, ante 37.
Plant afirmou que espera que a produção de jatos de corredor único, como o Boeing 737 e o concorrente Airbus A320, seja mais forte em 2026 do que neste ano, e prevê um ritmo de produção maior para os aviões de fuselagem larga A350 e Boeing 787.
"Estou bastante otimista em relação à indústria aeroespacial comercial", disse Plant.
A Howmet prevê uma receita entre US$ 8,18 bilhões e US$ 8,2 bilhões em 2025, em comparação com a previsão anterior de US$ 8,08 bilhões a US$ 8,18 bilhões.
A empresa também elevou sua estimativa de lucro ajustado para entre US$ 3,66 e US$ 3,68 por ação, em comparação com a estimativa anterior de US$ 3,56 a US$ 3,64 por ação.
No terceiro trimestre, a empresa reportou um lucro ajustado de 95 centavos por ação, superando a expectativa de Wall Street de 91 centavos por ação.
A receita trimestral de US$ 2,09 bilhões também superou a estimativa dos analistas, de US$ 2,04 bilhões.