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CONSOLIDA-Ações de bancos em Wall Street recuperam terreno após queda global por temores de crédito

Reuters17 de out de 2025 às 19:34

Por Alun John e Ankur Banerjee e Manya Saini e Nupur Anand

- Ações de bancos dos Estados Unidos se recuperavam nesta sexta-feira, revertendo algumas perdas depois que temores sobre empréstimos duvidosos desencadearam uma venda global que varreu os mercados europeus e asiáticos mais cedo.

O enfraquecimento atingiu Wall Street, com os principais índices de ações registrando uma abertura com sinais mistos antes de subir gradualmente em negociações voláteis, conforme investidores permaneciam apreensivos em relação aos bancos. As preocupações aumentaram a ansiedade sobre a escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China e as perspectivas econômicas globais.

O índice de bancos regionais KBW .KRX fechou em queda de 6,3% na quinta-feira. Ele registrava alta de 1% nesta sexta-feira, enquanto um índice que acompanha rivais large-caps .BKX tinha uma alta marginal.

Investidores em ações de bancos ficaram nervosos. Após uma série de episódios de preocupação com o crédito e baixas contábeis inesperadas desde 2023, a confiança sofreu outro golpe nas últimas semanas devido a falências no setor automotivo e supostas fraudes que provocaram perdas em alguns bancos.

"Os mercados foram tomados por uma sensação de medo e pânico nos últimos dias", disse Timothy Coffey, diretor associado de pesquisa de depósitos da Janney Montgomery Scott. "Há diferentes questões que estão sendo unificadas em uma única grande questão sobre preocupações com o crédito."

A pressão sobre as ações dos bancos "provavelmente continuará, pois esse pânico é como uma febre. Uma vez que entra no sistema, demora um pouco para sair."

As questões de crédito alimentaram a inquietação de investidores em relação às avaliações exageradas nos mercados globais, deixando-os alertas a qualquer sinal de estresse. As ações têm se mantido bem, e a economia tem permanecido resiliente apesar da incerteza em torno de algumas das políticas do presidente norte-americano, Donald Trump, incluindo as tarifas.

RISCOS IDIOSSINCRÁTICOS?

Investidores estão avaliando se as recentes tensões nos mercados de crédito dos EUA podem afetar as valuations em todos os mercados, depois que uma liquidação em Wall Street se espalhou pela Ásia e Europa e lançou um holofote sobre a alta das ações alimentada pela inteligência artificial, que alguns temem que possa ter inflado uma bolha.

"Quando você vê uma barata, provavelmente há mais, e, portanto, todos devem estar prevenidos", disse o presidente-executivo do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, mais cedo nesta semana sobre os mercados de crédito.

Participantes do mercado tomaram nota do comentário de Dimon, parando para pensar se ele vê sinais de problemas mais amplos que não são visíveis para os outros, disse um executivo do setor.

O assessor econômico da Casa Branca Kevin Hassett disse nesta sexta-feira que bancos têm amplas reservas e que ele estava otimista de que os mercados de crédito podem ficar à frente da curva.

Ele acrescentou em uma entrevista à Fox Business Network que autoridades do governo Trump, lideradas pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pela diretora do Federal Reserve Michelle Bowman estão "limpando as coisas agora", sem fornecer mais detalhes.

Enquanto isso, outro executivo sênior do setor disse que os problemas de crédito não parecem ser generalizados e que as preocupações recentes decorrem de uma série de casos de fraude.

A exposição do setor bancário a duas falências recentes de empresas automotivas nos EUA reacendeu preocupações sobre os padrões de empréstimo, mais de dois anos depois que a falência do Silicon Valley Bank desencadeou uma turbulência mais ampla.

BANCOS REGIONAIS DOS EUA SE RECUPERAM

Resultados sólidos do Truist Financial TFC.N, do Regions Financial RF.N e do Fifth Third FITB.O melhoraram o humor de investidores, levando a maioria dos bancos regionais dos EUA a uma alta.

O Zions Bancorp ZION.O, no centro das atenções de investidores, recuperava-se 4%, depois de fechar em queda de 13%. O Western Alliance WAL.N subia 1,5%, depois de perder cerca de 11% na quinta-feira.

As ações da Jefferies JEF.N saltavam 5% após uma queda acentuada na sessão anterior.

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB

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