AmEx aposta em gastos de fim de ano de clientes abastados para atualizar previsões para 2025

17 Out (Reuters) - A American Express AXP.N aumentou o limite inferior de suas previsões de lucro e receita para 2025 na quarta-feira, já que seus clientes abastados ignoraram a incerteza econômica e continuaram gastando antes da temporada de festas de fim de ano.

Analistas esperam que a AmEx se beneficie dos gastos de clientes de alta renda, principalmente em viagens e compras de luxo, durante os feriados de Natal, Black Friday e Cyber Monday, já que os varejistas os atraem com descontos.

Seu foco em portadores de cartões premium pode ajudar a empresa de cartão de crédito a lidar com a incerteza econômica e, ao mesmo tempo, capturar uma parcela maior dos pagamentos dos consumidores até o final do ano.

A AmEx agora espera um lucro por ação entre US$ 15,20 e US$ 15,50 para o ano encerrado em 31 de dezembro, em comparação com suas expectativas anteriores de US$ 15 a US$ 15,50. A receita em 2025 deve crescer entre 9% e 10%, em comparação com a previsão anterior de 8% a 10%.

OS GASTOS SE MANTÊM

Os consumidores de renda mais alta ainda não cortaram gastos, com a maioria ainda planejando férias, comprando itens discricionários caros, protegendo a AmEx da desaceleração mais ampla no setor de pagamentos.

"O crescimento dos gastos dos titulares do cartão acelerou para 8% em uma base ajustada por câmbio, e nossas métricas de crédito permaneceram as melhores da categoria", disse o presidente-executivo Stephen Squeri em um comunicado.

A receita trimestral da AmEx aumentou 11%, atingindo o recorde de US$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre. A empresa registrou um lucro de US$ 4,14 por ação, em comparação com US$ 3,49 no ano anterior.

Embora alguns riscos de crédito estejam surgindo entre tomadores de empréstimos de baixa renda, há um amplo consenso entre os maiores credores do país de que o consumidor dos EUA continua inesperadamente resiliente.

A AmEx está menos exposta ao estresse, pois seus negócios continuam focados em titulares de cartão com as maiores pontuações FICO, refletindo risco de crédito mínimo.

As provisões consolidadas para perdas de crédito ficaram em US$ 1,3 bilhão no trimestre, em comparação com US$ 1,4 bilhão no ano anterior.