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BlackRock atinge recorde de US$13,46 trilhões em ativos sob gestão

Reuters14 de out de 2025 às 17:58

Por Anirban Sen e Prakhar Srivastava

- A BlackRock BLK.N, a maior gestora de ativos do mundo, superou seu próprio recorde de ativos sob gestão, ao divulgar nesta terça-feira lucro maior para o terceiro trimestre, impulsionado por recuperação dos mercados financeiros globais e por uma recente de negócios envolvendo fusões e aquisições.

Os ativos sob gestão da BlackRock subiram para US$13,46 trilhões no trimestre encerrado em 30 de setembro, acima dos US$11,48 trilhões registrados no ano anterior. As entradas líquidas de longo prazo totalizaram cerca de US$171 bilhões, lideradas pela força contínua de seu negócio de fundos negociados em bolsa, que continua a ser o principal fator de crescimento orgânico da empresa.

Os gastos resilientes dos consumidores, apesar dos custos mais altos dos empréstimos, ajudaram a sustentar o impulso econômico dos EUA, alimentando os ganhos nos mercados de ações e levando os investidores a voltar a investir em estratégias de índice de custo mais baixo.

O esfriamento do mercado de trabalho e a moderação da inflação levaram o Federal Reserve a cortar as taxas de juros em setembro - a primeira redução este ano - enquanto as expectativas de mais flexibilização no final de 2025 alimentaram fortes fluxos de entrada nos ETFs de renda fixa da BlackRock.

Além disso, a demanda dos investidores por Treasuries permaneceu sólida quando o Fed começou a reduzir as taxas, embora o apetite por títulos com prazos mais longos tenha permanecido cauteloso, uma vez que os rendimentos estão vinculados ao crescimento e às tendências fiscais, e não apenas à política do Fed.

Em uma entrevista à CNBC nesta terça-feira, o presidente-executivo da BlackRock, Larry Fink, disse que os EUA "ainda são o melhor lugar do mundo para se investir".

A BlackRock divulgou lucro ajustado de US$1,91 bilhão, ou US$11,55 por ação, para os três meses até 30 de setembro, acima do US$1,72 bilhão, ou US$11,46 por ação, apurado um ano antes.

A receita total - a maior parte da qual é obtida como uma porcentagem dos ativos sob gestão - aumentou para US$6,5 bilhões em relação aos US$5,2 bilhões de um ano atrás, impulsionada principalmente pela recuperação do mercado e por um crescimento de 8% nas comissões, que excederam as próprias metas da BlackRock.

Os resultados foram os primeiros a incluir os ganhos da empresa com algumas aquisições recentes, inclusive a da gestora de crédito privado HPS Investment Partners, que foi concluída no início do terceiro trimestre. A BlackRock, que gastou cerca de US$30 bilhões em grandes aquisições nos últimos dois anos, beneficiou-se de um aumento de receita de US$500 milhões de alguns desses negócios durante o último trimestre.

Em média, analistas esperavam um lucro de US$11,24 por ação, com uma receita de US$6,2 bilhões. Em uma base diluída, o lucro líquido caiu 19%, para US$1,32 bilhão, ou US$8,43 por ação.

"De modo geral, os resultados foram sólidos e se beneficiaram de um cenário de mercado favorável", disse Kyle Sanders, analista sênior de pesquisa de ações da Edward Jones. "As três aquisições recentes da BLK, GIP, Preqin e HPS, contribuíram de forma saudável neste trimestre. Em nossa opinião, a BLK está entrando em um novo capítulo de sua história de crescimento."

Nos últimos anos, os grandes gestores de ativos, como a BlackRock, vêm diversificando os fluxos de receita à medida que enfrentam a pressão das estratégias de índice que normalmente geram retornos mais baixos do que as áreas de crescimento mais rápido, como mercados privados, imóveis e infraestrutura. Ainda assim, esses fundos de baixo custo continuam a ser um grande gerador de comissões para a BlackRock.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753))

REUTERS AAJ

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