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MERCADOS GLOBAIS-Expectativas de juros mais baixos nos EUA compensam incertezas e Wall Street amplia ganhos

Reuters3 de out de 2025 às 15:29

Por Marc Jones e Koh Gui Qing

- As ações mundiais estavam a caminho de um sólido ganho semanal e de mais máximas recordes de alta já que o rali das ações de tecnologia e as expectativas de taxa de juros mais baixa nos Estados Unidos ajudavam a compensar a incerteza da paralisação do governo norte-americanos.

Os investidores em grande parte davam de ombros à paralisação, a 15ª desde 1981. Mas nesta sexta-feira ela significou que os investidores não receberam os números mensais de criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola dos EUA.

Wall Street não pareceu incomodado, com os três principais índices de ações atingindo novos picos recordes, fazendo com que o índice de ações mundiais de 47 países da MSCI .MIWD00000PUS subisse 0,5%, enquanto a Europa .STOXX avançasse para sua melhor semana desde abril.

Ainda assim, sem nenhuma solução à vista para a paralisação dos EUA, alguns analistas previram que outras divulgações econômicas podem ser adiadas este mês.

"Dada a falta de conversa entre os líderes, é mais provável que a paralisação se estenda até o final da próxima semana", disse a TD Securities em uma nota aos clientes. "Esperamos que a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego permaneça em segundo plano, com os relatórios de inflação ao consumidor e vendas no varejo em risco na semana seguinte."

O índice S&P 500 .SPX subia 0,4%, depois de atingir um recorde histórico de 6.747,18 pontos, e o Nasdaq Composite .IXIC ganhava 0,2%, recuando um pouco em relação a um pico recorde de 22.925,43 pontos atingido no início das negociações. O Dow Jones Industrial Average .DJI também saltou para uma máxima recorde de 47.000,10 pontos, e subia 0,9% no final da manhã.

Os rendimentos dos títulos públicos de referência subiam nos EUA US10YT=RR e na zona do euro DE10YT=RR, embora tenham caído no Reino Unido após dados ruins do PMI.

Os mercados estão quase totalmente precificando um corte de 25 pontos-base nos juros pelo Fed este mês e pelo menos quatro cortes até o final de 2026.

Sem nenhum relatório do governo dos EUA sobre o mercado de trabalho para tomar como referência, os investidores se voltaram para dados alternativos de fontes públicas e privadas que, até o momento, eles apontam para um mercado de trabalho dos EUA lento.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), por exemplo, informou nesta sexta-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor não manufatureiro caiu para 50 no mês passado, o nível de equilíbrio, de 52,0 em agosto, uma vez que a atividade do setor de serviços dos EUA estagnou em setembro em meio a uma forte desaceleração no volume de novos pedidos.

Isso deixou o dólar sob pressão e o índice do dólar .DXY=USD contra uma cesta de moedas tinha queda. O iene JPY=EBS vem sendo o maior beneficiário dessa perda, embora tenha enfraquecido para 147,44 por dólar nesta sexta-feira depois que o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, deixou os mercados em dúvida sobre quando aumentará as taxas de juros.

(Reportagem adicional de Ankur Banerjee em Cingapura)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO

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