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MERCADOS GLOBAIS-Cautela prevalece com perspectiva de paralisação do governo dos EUA

Reuters30 de set de 2025 às 14:55

Por Dhara Ranasinghe e Koh Gui Qing

- A cautela tomava conta dos mercados mundiais nesta terça-feira, com o dólar e as ações caindo e o ouro atingindo brevemente novos picos recordes, devido à preocupação de que a paralisação do governo dos Estados Unidos possa atrasar a divulgação de dados sobre empregos.

O dólar mostrava fraqueza enquanto as ações dos EUA e da Europa eram negociadas com estabilidade ou pequenos ganhos, com Washington se preparando para a paralisação do governo já que parece improvável que os republicanos e os democratas chegarão a um acordo que prorrogue o financiamento após o prazo de meia-noite.

O fechamento do governo atrasaria a publicação dos números de emprego de sexta-feira, colocando o foco no relatório Jolts do Departamento do Trabalho sobre as vagas de emprego em aberto em agosto desta terça-feira. Isso também poderia complicar as perspectivas para Federal Reserve, que cortou as taxas no início deste mês.

As vagas de emprego em aberto, uma medida da demanda de mão de obra, aumentaram em 19.000, chegando a 7,227 milhões no último dia de agosto, de acordo com o relatório Jolts. Economistas consultados pela Reuters previam 7,185 milhões de empregos não preenchidos.

"Uma paralisação total do governo em 1º de outubro parece cada vez mais provável", disse Monica Guerra, do Morgan Stanley Wealth Management. "A divulgação de dados econômicos pode ser adiada, como o relatório e emprego de sexta-feira, embora os gastos obrigatórios do governo - como Previdência Social, Medicare e Medicaid - continuem."

O S&P 500 .SPX e o Dow Jones Industrial Average .DJI tinham estabilidade, enquanto o Nasdaq Composite .IXIC perdia 0,2%.

O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX subia 0,2%, e o índice da MSCI de ações de todo o mundo .MIWD00000PUS era negociado estável.

Os riscos de uma paralisação do governo dos EUA levaram o ouro a atingir brevemente um novo recorde de US$3.871,45 por onça antes de passar a cair no dia. Ainda assim, ele ganhou mais de 10% em setembro - a caminho de seu maior ganho percentual mensal desde julho de 2020.

Sem um acordo, uma paralisação do governo dos EUA começaria a partir de quarta-feira, o mesmo dia em que novas tarifas dos EUA sobre caminhões pesados, medicamentos patenteados e outros itens entram em vigor.

Tudo isso deixava o dólar na defensiva.

A moeda dos EUA caía 0,5% ante o iene, para 147,80 JPY=EBS, o euro subia 0,1%, para US$1,1742, enquanto o franco suíço e a libra também estavam um pouco mais firmes em relação ao dólar CHF=, GBP=D3.

O índice do dólar =USD recuava 0,2% no dia e deve encerrar setembro com pouca variação no mês.

(Reportagem de Dhara Ranasinghe em Londres e Rocky Swift em Tóquio; reportagem adicional de Naomi Rovnick em Londres)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO

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