23 Set (Reuters) - As ações da Kenvue KVUE.N, fabricante de Tylenol, subiram nas negociações europeias na terça-feira, mesmo depois que o presidente dos EUA, Donald Trump (link) relacionou seu popular medicamento para dor ao risco de autismo durante a gravidez.
As ações da Kenvue listadas em Frankfurt J4D.F subiram 6%, recuperando-se de uma baixa recorde atingida no dia anterior, antes da extraordinária coletiva de imprensa de Trump na Casa Branca.
Analistas do Citi disseram que esperavam uma recuperação das ações, citando a ausência de novas evidências científicas.
"No geral, vemos risco judicial limitado após o anúncio de hoje, mas pode haver algum impacto no consumo de Tylenol devido a manchetes negativas", escreveram eles.
Muitos médicos rejeitam a alegação, e Kenvue reiterou que não há ligação científica entre o paracetamol, o ingrediente ativo do Tylenol, e o autismo, alertando que tais sugestões podem colocar em risco a saúde materna.
A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglês) disse que atualizará os rótulos do Tylenol e das versões genéricas para refletir as evidências de uma possível ligação entre o uso de paracetamol durante a gravidez e condições neurológicas como autismo e TDAH, mas enfatizou que nenhuma relação causal foi estabelecida.
As ações da Kenvue em Frankfurt caíram 22,6% no acumulado do ano.