
Por Mrinalika Roy e Kamal Choudhury
16 Set (Reuters) - A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) emitiu cartas de advertência para a Eli Lilly LLY.N, Novo Nordisk NOVOb.CO e a empresa de telessaúde Hims & Hers Health HIMS.N na semana passada, como parte do decreto do presidente norte-americano, Donald Trump, para reprimir a publicidade de medicamentos.
O site da agência mostra dezenas de cartas emitidas em 9 de setembro, muitas delas para empresas que fabricam ou vendem medicamentos para perda de peso, no dia em que Trump assinou um decreto sobre a divulgação de publicidade de medicamentos de prescrição direta ao consumidor. O decreto instruiu o órgão a intensificar a aplicação das leis contra anúncios enganosos.
As cartas para a Eli Lilly citam três entrevistas na mídia, incluindo um especial da Oprah Winfrey em 2024, em que representantes da empresa falaram sobre o Zepbound e o Mounjaro, mas, de acordo com reguladores, omitiram ou minimizaram as advertências nas caixas e outros riscos graves à segurança.
A Novo Nordisk recebeu uma carta semelhante sobre o mesmo especial da Oprah, com a agência dizendo que o programa apresentou os benefícios do Wegovy e do Ozempic, minimizando seus riscos. A agência também citou falhas no envio do material para análise.
Um porta-voz da Eli Lilly disse que a carta se referiu a entrevistas conduzidas pela mídia independente, sobre as quais a empresa não tinha controle editorial e não as considera anúncios.
A Novo Nordisk não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
Em relação à Hims & Hers, o órgão regulador de saúde disse que revisou o site da empresa em agosto deste ano e encontrou alegações falsas ou enganosas sobre seus produtos compostos de semaglutida, o ingrediente ativo do Ozempic e do Wegovy.
O presidente-executivo da Hims & Hers, Andrew Dudum, em uma publicação no X, disse que o esforço da agência em relação às escolhas informadas dos pacientes se alinha com a missão da empresa, e eles continuarão a trabalhar com reguladores para garantir a segurança do cliente.
A agência instruiu as empresas a responderem no prazo de 15 dias úteis e disse que pode buscar uma ação legal, incluindo apreensão, se as violações não forem corrigidas.
((Tradução Redação Brasília))
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