
12 Set (Reuters) - Kirk Perry, presidente-executivo interino da Kenvue KVUE.N conheceu Robert F. Kennedy Jr. para tentar dissuadi-lo de listar o Tylenol como uma possível causa de autismo em um próximo relatório, disse o Wall Street Journal na sexta-feira, citando uma pessoa familiarizada com o assunto.
Perry argumentou na reunião agendada às pressas para esta semana que não havia uma ligação clara entre os dois, segundo a reportagem.
WSJ relatado em 5 de setembro que o secretário de saúde dos EUA planejou (link) para anunciar que o uso de Tylenol, um analgésico popular de venda livre, em mulheres grávidas estava potencialmente ligado ao autismo — contrariando as diretrizes médicas que dizem que seu uso é seguro.
As ações da Kenvue caíram mais de 9%, para US$ 18,62, após o relatório da semana passada. A ação subiu ligeiramente na sexta-feira.
Até que o relatório final seja divulgado, quaisquer alegações sobre suas descobertas são especulativas, disse o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA em uma resposta por email.
Como faríamos com qualquer regulador que nos contatasse, nos envolvemos em uma troca científica com o secretário e membros de sua equipe sobre a segurança de nossos produtos, disse Kenvue em uma resposta por email.
A empresa disse que continua acreditando que tomar paracetamol — o ingrediente ativo do Tylenol — não causa autismo.
Afirmações de uma possível ligação têm sido o foco de ações judiciais movidas por pais e ativistas do autismo nos Estados Unidos contra varejistas.
Ashley Keller, advogado que lidera o litígio sobre alegações de que o Tylenol tomado durante a gravidez pode causar autismo nos filhos, disse que sinalizaria uma declaração do HHS sobre a suposta conexão com o tribunal de apelações dos EUA, que consideraria se deveria reabrir os processos.
Os processos foram rejeitados depois que um juiz disse que as evidências científicas citadas pelos demandantes eram inadequadas.
“Eu esperaria que se o HHS seguisse adiante e fizesse a coisa certa, eu alertaria o(Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para) Segundo Circuito para isso", disse Keller. "É completamente relevante."
Segundo os pesquisadores (link), não há evidências concretas de uma ligação entre o uso da droga e o autismo.