21 Ago (Reuters) - A Boeing BA.N está em negociações para vender até 500 aviões para a China, informou a Bloomberg News nesta quinta-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.
As ações da fabricante de aviões norte-americana subiram 2% antes da abertura do mercado, já que o pedido em potencial seria a primeira grande compra de jatos da Boeing pela China desde a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, em seu mandato anterior.
Os dois lados estão negociando os detalhes, tais como modelos de aeronaves, tipos e cronogramas de entrega, disse a reportagem, acrescentando que o pedido poderia ser a peça central de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A Boeing não quis comentar o assunto com a Reuters.
Um negócio tão grande seria um avanço para a Boeing no segundo maior mercado de aviação do mundo, onde os pedidos estão parados em meio às tensões comerciais entre os EUA e a China.
Isso também ajudaria a Boeing a diminuir a diferença em relação à rival Airbus AIR.PA, que tem se destacado muito na China nos últimos anos.
As autoridades chinesas começaram a consultar suas companhias aéreas domésticas sobre suas necessidades de aeronaves da Boeing, segundo a reportagem.
As compras de jatos têm sido cada vez mais mencionadas nas visitas diplomáticas de Trump este ano.
Durante sua viagem ao Oriente Médio no início deste ano, a Boeing garantiu alguns de seus maiores pedidos de todos os tempos, com a Catar Airways concordando em comprar 160 jatos de fuselagem larga, além de opções para mais 50, juntamente com motores GE Aerospace GE.N, em um pacote avaliado em cerca de US$96 bilhões.
Na Arábia Saudita, a locadora estatal AviLease fez um pedido de 20 aeronaves Boeing 737 MAX, com opções para mais 10.
(Reportagem de Shivansh Tiwary em Bengaluru; edição de Shilpi Majumdar e Arun Koyyur)
((Tradução Redação Barcelona))
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