20 Ago (Reuters) - As acções europeias caíram, esta quarta-feira, recuando de um máximo de fecho de cinco meses, após as acções tecnológicas terem acompanhado os fracos desempenhos dos seus pares de Wall Street e de o sector da defesa ter enfrentado pressões pelo segundo dia.
O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX caía 0,2%, às 0830 TMG, com a maioria das principais bolsas a registar perdas.
O FTSE 100 .FTSE caiu 0,2%, após os dados terem mostrado que a inflação do Reino Unido subiu para 3,8% em Julho, o seu máximo desde o início de 2024 e em linha com as expectativas do Banco da Inglaterra.
As acções de empresas europeias ligadas à defesa .SXPARO caíram 0,6%, após sofrerem o seu pior dia em mais de um mês na sessão anterior, devido às expectativas de um acordo de paz na Ucrânia.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Washington poderia fornecer apoio aéreo à Ucrânia como parte de um acordo de paz, mas descartou a possibilidade de colocar tropas no terreno.
Os líderes europeus avaliaram sanções adicionais para aumentar a pressão sobre a Rússia numa tentativa de acabar com a guerra na Ucrânia, disse o governo britânico.
As acções das tecnológicas .SX8P caíram 0,4% um dia após as homólogas norte-americanas terem caído devido a receios sobre uma bolha de acções de Inteligência Artificial e a incerteza à volta das perspectivas das taxas de juro, especialmente com as intervenções do Presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, e de outros chefes de bancos centrais importantes na cimeira de Jackson Hole mais tarde nesta semana.
Entretanto, a Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que o acordo comercial entre a UE e os Estados Unidos, apesar de ser um pouco mais elevado, não está longe da linha de base assumida pelo BCE.
O banco central sueco manteve as taxas de juro estáveis, tal como esperado, embora tenha afirmado que espera alguma probabilidade de um corte nas taxas ainda este ano.
As perspectivas para a saúde das empresas europeias pioraram ligeiramente, segundo a última previsão de resultados de empresas, na terça-feira, com estas a registarem um crescimento médio de 4,6% no segundo trimestre, abaixo das expectativas da semana passada de um aumento de 4,8%, segundo os dados do LSEG I/B/E/S.
As acções das mineiras foram as que mais caíram, com a Anglo American AAL.L, a Rio Tinto RIO.L e a Antofagasta ANTO.L a caírem entre 1% e 2%.
A Alcon ALCC.S caiu 9,4%, após o grupo suíço-norte-americano de cuidados oftalmológicos ter reduzido a sua previsão de vendas líquidas para 2025 devido ao impacto esperado das tarifas norte-americanas.
O fabricante britânico de equipamento médico Convatec CTEC.L anunciou um programa de recompra de acções no valor de 300 milhões de dólares, fazendo com que as suas acções subissem 7,2% e atingissem o topo do índice STOXX.
Texto integral em inglês: nL4N3UC0HC