BOLSA EUA-Dow deve abrir em máximo recorde com esperanças de corte de taxas, UnitedHealth ganha

15 Ago (Reuters) - O Dow, das 'blue-chip', ficou a caminho de abrir num máximo recorde, esta sexta-feira, sustentado por expectativas de um corte nas taxas de juro em Setembro e pelos ganhos nas acções da UnitedHealth, após a Berkshire Hathaway ter aumentado a sua participação na seguradora de saúde.

Os futuros que acompanham o Nasdaq, dominado pelas tecnológicas, registaram uma ligeira descida, já que as acções de 'chips' enfraqueceram após a Applied Materials AMAT.O ter alertado para a fraca procura na China.

O UnitedHealth Group UNH.N subiu 11,5% nas negociações pré-abertura, após a empresa de Warren Buffett BRKa.N ter revelado um novo investimento na seguradora de saúde, enquanto que um documento entregue no regulador da bolsa mostrava que a Scion Asset Management, de Michael Burry, incluía posições de alta na empresa.

O aumento dos custos no sector mais vasto dos cuidados de saúde e a queda de cerca de 46% das acções do 'peso pesado' UnitedHealth este ano deixaram o Dow .DJI atrás dos seus pares de Wall Street no caminho para máximos recorde. O índice ponderado pelo preço atingiu pela última vez um máximo de sempre a 4 de Dezembro.

No entanto, esta semana, o sector dos cuidados de saúde .SPXHC é o que apresenta melhor desempenho na referência S&P 500 e está a caminho do seu melhor desempenho semanal em três semanas.

Outras seguradoras também registaram ganhos, com a Elevance ELV.N a subir 4,2%, a Centene CNC.N a subir 2,9% e a Molina MOH.N a somar 3,7% antes do sino desta sexta-feira.

De um modo geral, os principais índices bolsistas norte-americanos estão a caminho da sua segunda semana de ganhos, impulsionados pelas expectativas de que a Fed possa reiniciar o seu ciclo de alívio de política monetária com um corte de 25 pontos base nas taxas de juro em Setembro.

O banco central reduziu pela última vez os custos de empréstimos em Dezembro e disse que as tarifas dos Estados Unidos podem aumentar as pressões sobre os preços. No entanto, a recente fraqueza do mercado de trabalho e sinais de que a inflação induzida pelas tarifas ainda não se reflectiu nos preços no consumidor fizeram com que os investidores confiassem numa potencial medida macia no próximo mês.

Entre outras acções, a Applied Materials caiu 14,1%, após o fabricante de equipamentos para 'chips' ter divulgado previsões fracas para o quarto trimestre, devido à fraca procura na China, alimentando receios sobre os riscos relacionados com as tarifas.

As acções de outros fabricantes de equipamento para 'chips', como a KLA KLAC.O e a Lam Research LRCX.O, perderam 5,8% e 5%, respectivamente.

A Intel INTC.O subiu 2,7% na esteira de um ganho de 20% esta semana, após uma notícia ter indicado que o governo Trump estava em negociações com o fabricante de 'chips' em dificuldades para que o governo norte-americano potencialmente assumisse uma participação na empresa.

Na frente das 'commodities', os preços do petróleo caíram para cerca de 65 dólares por barril, com a atenção voltada para a reunião no Alasca entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que os mercados esperam que possa abrir caminho para uma solução para o conflito na Ucrânia. A reunião terá lugar às 1900 TMG.

Texto integral em inglês: nL4N3U70NM