Fabricante de leitores de código de barras Zebra fecha acordo de US$ 1,3 bilhão para comprar a Elo Touch, aumenta previsões

5 Ago (Reuters) - A fabricante de leitores de código de barras Zebra Technologies ZBRA.O está expandindo seus negócios focados no varejo com uma aquisição de US$ 1,3 bilhão da fabricante de telas sensíveis ao toque Elo Touch Solutions, após resultados otimistas do segundo trimestre impulsionados pelo crescimento nas vendas de seus dispositivos.

As ações da empresa subiram quase 7% no pré-mercado de terça-feira, à medida que ela elevou suas metas anuais de receita e lucro, beneficiando-se também da aquisição da empresa eslovaca de imagens 3D Photoneo.

À medida que mais empresas digitalizam suas operações, cresce a demanda por computadores portáteis, leitores de código de barras e dispositivos de rastreamento da Zebra, que ajudam os funcionários das lojas a gerenciar o estoque, os funcionários do depósito a movimentar mercadorias e as equipes de entrega a monitorar as remessas.

O acordo totalmente em dinheiro para a Elo Tech, com previsão de fechamento para 2025, ajudará a Zebra a oferecer aos trabalhadores da linha de frente os quiosques de autoatendimento, terminais de pagamento e sistemas de tela sensível ao toque da Elo.

"Esta aquisição representa o próximo passo em nossa jornada para acelerar a linha de frente conectada", disse o presidente-executivo da Zebra, Bill Burns, acrescentando que isso expandiria o mercado potencial da empresa em US$ 8 bilhões.

A Elo Touch, cujos produtos são usados por empresas como a JCPenny, tem vendas anuais de cerca de US$ 400 milhões. Sua aquisição aumentará imediatamente os lucros da Zebra e gerará cerca de US$ 25 milhões em lucro principal adicional três anos após o fechamento.

O desempenho da Zebra no trimestre de abril a junho também se beneficiou de tarifas menores que o esperado, com a empresa diversificando sua cadeia de suprimentos na China, Vietnã, Malásia e México.

A empresa aumentou os preços da maioria dos produtos da América do Norte em abril, em antecipação às pressões de custos decorrentes de tarifas.

A empresa espera um crescimento anual nas vendas entre 5% e 7%, em comparação com a previsão anterior de 3% a 7%. O lucro ajustado anual por ação deve ficar entre US$ 15,25 e US$ 15,75, ante US$ 13,75 e US$ 14,75.

As vendas aumentaram 6,2% no segundo trimestre, para US$ 1,29 bilhão, em linha com as estimativas. O lucro ajustado foi de US$ 3,61 por ação, acima das estimativas de US$ 3,32, segundo dados compilados pela LSEG.