Futuros da soja ampliam perdas com clima favorável nos EUA e demanda fraca

Por Tom Polansek

CHICAGO, 30 Jul (Reuters) - Os futuros da soja na bolsa de Chicago caíram pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira, arrastados pelo clima favorável no meio-oeste dos Estados Unidos e pela fraca demanda de exportação, segundo analistas.

Os futuros do trigo também recuaram, enquanto os futuros do milho subiram.

As previsões de temperaturas mais frias e chuvas periódicas no meio-oeste reforçaram as expectativas de grandes safras de soja e milho nos EUA. As chuvas da semana passada melhoraram as condições das lavouras, de acordo com a empresa de previsão do tempo Vaisala.

"A maioria das lavouras do meio-oeste permanece bem irrigada", disse o Departamento de Agricultura dos EUA em um relatório meteorológico diário.

Os contratos futuros de soja mais ativos Sv1 fecharam em queda de 13,75 centavos, a US$9,9575 o bushel, estabelecendo sua mínima desde 9 de abril.

Espera-se que os agricultores colham uma safra considerável, já que a demanda de exportação dos EUA está sob pressão da disputa comercial do presidente Donald Trump com o principal importador, a China.

As autoridades americanas e chinesas concordaram em buscar uma extensão de sua trégua tarifária de 90 dias na terça-feira.

É provável que o apetite da China por soja enfraqueça durante o pico da temporada de comercialização dos EUA no final deste ano, já que as importações recordes no início de 2025 e a demanda morna dos produtores de ração animal aumentaram os estoques de farelo de soja no país, disseram fontes comerciais.

Os futuros do farelo de soja na CBOT estabeleceram baixas contratuais, enquanto os futuros do óleo de soja recuaram em relação às altas contratuais.

O trigo CBOT Wv1 terminou em queda de 6 centavos, a US$5,2375 por bushel, enquanto o trigo K.C. terminou em alta.

O milho CBOT Cv1 fechou em alta de 1,25 centavos, a US$4,1225 por bushel, com a cobertura de posições vendidas e compras técnicas ajudando a sustentar os preços, disseram os operadores. A demanda asiática por milho também tem sido intensa.

(Reportagem de Tom Polansek em Chicago. Reportagem adicional de Ella Cao e Lewis Jackson, em Pequim, e Sybille de La Hamaide, em Paris)

((Tradução Redação Rio de Janeiro)) REUTERS MN