MERCADOS GLOBAIS-Ações têm alta leve e euro cai após acordo comercial entre EUA e UE

Por Sinéad Carew e Marc Jones

NOVA YORK, LONDRES, 28 Jul (Reuters) - Os índices S&P 500 .SPX e Nasdaq .IXIC tinham alta leve, enquanto o euro sofria uma queda nesta segunda-feira, com investidores recebendo um acordo comercial entre os Estados Unidos e União Europeia com um alívio cauteloso no início de uma semana cheia de ação para os mercados.

O acordo comercial do fim de semana, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu como o melhor que o bloco poderia obter, imporá uma tarifa de importação de 15% sobre a maioria dos produtos da UE e fará com que o bloco gaste US$600 bilhões em investimentos nos EUA, abrindo algumas partes importantes de seu mercado.

Embora o acordo possa evitar um impasse prejudicial entre os parceiros comerciais, que respondem por quase um terço do comércio global, algumas capitais europeias reclamaram que ele foi desequilibrado em favor de Washington.

A modesta reação das ações nesta segunda-feira seguiu-se a uma série de recordes para os índices S&P 500 e Nasdaq, graças aos sólidos balanços trimestrais até o momento, às apostas em ações de megacaps e de inteligência artificial, bem como ao otimismo de que os EUA acabariam chegando a acordos com seus parceiros comerciais.

A eliminação da incerteza na relação entre os EUA e a UE foi um alívio para investidores, de acordo com Phil Orlando, estrategista-chefe de mercado da Federated Hermes, que considerou a tarifa de 15% muito melhor do que "alguns dos números ridículos que estavam sendo divulgados na primeira semana de abril".

"Temos alguma certeza para o futuro e temos números que parecem razoáveis", disse Orlando, destacando que a reação modesta desta segunda-feira fazia sentido após os ganhos recentes e antes de uma grande semana de divulgações econômicas, importantes balanços corporativos e uma reunião do Federal Reserve.

Nesta semana, investidores estão aguardando decisões sobre juros do Federal Reserve e do Banco do Japão, o relatório mensal de emprego fora do setor agrícola dos EUA e os resultados das megacaps Apple AAPL.O, Microsoft MSFT.O e Amazon AMZN.O.

O Fed tem sido cauteloso em relação a qualquer corte na taxa básica, conforme autoridades disseram que querem determinar o impacto das tarifas sobre a inflação antes de reduzir ainda mais os juros, mas a postura do Fed gerou tensões com a Casa Branca, com o presidente norte-americano, Donald Trump, atacando repetidamente o chair do Fed, Jerome Powell, por não cortar os custos de empréstimos.

Em Wall Street, o Dow Jones .DJI registrava variação negativa de 0,02%, para 44.894,24 pontos. O S&P 500 .SPX registrava variação positiva de 0,08%, para 6.393,48 pontos. O Nasdaq .IXIC subia 0,30%, para 21.170,54 pontos.

O índice MSCI global de ações .MIWD00000PUS caía 0,19%, para 939,47 pontos.

No mercado de câmbio, o dólar subia em relação às principais moedas após o pacto comercial do fim de semana, com investidores também de olho nas reuniões dos bancos centrais dos EUA e do Japão nesta semana.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, subia 0,75%, para 98,33.

Na renda fixa, o rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR subia 2,6 pontos-base para 4,412%.

((Tradução Redação Brasília))

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