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MERCADOS GLOBAIS-S&P 500 e Nasdaq sobem com resultados corporativos e negociações comerciais no foco

Reuters24 de jul de 2025 às 16:50

Por Stephen Culp

- Os índices de ações em Nova York estão com dificuldades para acompanhar a alta de seus pares globais nesta quinta-feira, enquanto os preços do petróleo bruto se recuperavam e os investidores assimilavam um lote de balanços corporativos, juntamente com sinais de progresso nas negociações tarifárias entre os EUA e seus parceiros comerciais.

O S&P 500 e o Nasdaq apresentaram leves altas no pregão da manhã, enquanto o Dow Jones ficou em território negativo.

"Estamos em um período impulsionado pelos lucros", disse Peter Tuz, presidente da Chase Investment Counsel em Charlottesville, Virgínia. "Os lucros e as receitas têm sido bons e as projeções têm sido bastante otimistas em sua maior parte. Acho que (os investidores) estavam muito preocupados com o impacto das tarifas no futuro."

A temporada de relatórios corporativos do segundo trimestre atingiu o auge, com quase um terço das empresas do S&P 500 divulgando resultados. Dessas, 80% reportaram lucros acima do esperado, de acordo com dados da LSEG.

Analistas estimam atualmente um crescimento de 7,7% nos lucros do S&P 500 no segundo trimestre em relação ao ano anterior, uma melhora significativa em relação à estimativa de crescimento de 5,8% em 1º de julho, segundo a LSEG.

No campo comercial, a União Europeia afirmou que um acordo negociado com os Estados Unidos está próximo, podendo ser fechado antes da entrada em vigor, em 1º de agosto, das tarifas de 30% do presidente dos EUA, Donald Trump. Os EUA já fecharam um acordo com o Japão.

"Com cada acordo comercial, um pouco da incerteza em relação às tarifas é eliminada", acrescentou Tuz. "E isso traz otimismo ao mercado."

Trump, um crítico implacável do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve visitar o banco central nesta quinta-feira.

A visita deve ocorrer em meio a tensões crescentes entre o governo e o Fed, que deve se reunir para sua reunião de política monetária de dois dias na semana que vem, provavelmente culminando em uma decisão de manter os juros nos níveis atuais.

Perto das 13h30 o índice Dow Jones .DJI cedia 0,51%, aos 44.779,25 pontos, o S&P 500 .SPX subia 0,12%, aos 6.366,37 pontos, e o Nasdaq .IXIC tinha alta de 0,17%, aos 21.054,66 pontos.

Os índices de ações na Europa avançaram em meio a relatos de que a União Europeia e os Estados Unidos estão perto de fechar um acordo tarifário.

Já o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) votou pela manutenção de suas taxas de juros, citando que a inflação na zona do euro atingiu a meta de médio prazo, de 2%, e que há incertezas sobre as disputas comerciais.

O índice STOXX 600 pan-europeu .STOXX subiu 0,23%, enquanto o índice europeu FTSEurofirst 300 .FTEU3 subiu 0,20%.

No mercado de títulos, os rendimentos dos Treasuries subiram à medida que as perspectivas mais otimistas para acordos comerciais reduziram a demanda dos investidores por ativos de segurança.

Perto das 13h40 o rendimento das notas de referência dos EUA de 10 anos US10YT=RR subia 1 ponto-base, para 4,402%. A taxa do título de 30 anos US30YT=RR avançava 1 ponto-base, para 4,9512%. Já o retorno da nota de 2 anos US2YT=RR, que normalmente varia de acordo com as expectativas para as taxas de juros do Federal Reserve, tinha elevação de 3 pontos-base, para 3,918%.

O dólar subia em relação ao euro, mas teve desempenho misto em relação ao iene em meio à onda de negociações comerciais. O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de divisas fortes, incluindo o iene e o euro, subia 0,18%, para 97,367.

(Reportagem de Marc Jones)

((Tradução Redação São Paulo))

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