22 Jul (Reuters) - Os futuros de Wall Street caíram, esta terça-feira, com os investidores a prepararem-se para um dia agitado de resultados de empresas, enquanto navegam nas incertezas à volta das negociações comerciais dos Estados Unidos com parceiros chave.
Os movimentos cautelosos acontecem após uma sessão volátil, na segunda-feira, quando o S&P 500 .SPX e o Nasdaq .IXIC subiram para máximos recorde de fecho graças à força das 'megacap', incluindo a Alphabet GOOGL.O antes dos seus resultados trimestrais.
As atenções estarão voltadas neste dia para as empresas de defesa RTX RTX.N e Lockheed Martin LMT.N, juntamente com as empresas de consumo Coca-Cola KO.N e Philip Morris International PM.N, que devem apresentar resultados antes do sino de abertura.
Uma sólida época de resultados de empresas e sinais de uma economia resistente levaram os principais índices de acções dos Estados Unidos a máximos de sempre, apesar dos receios com as mudanças nas políticas tarifárias do Presidente Donald Trump.
As negociações parecem permanecer num impasse enquanto a União Europeia explora uma gama mais ampla de possíveis contra-medidas contra os Estados Unidos. Enquanto isso, as perspectivas de um acordo comercial provisório entre Índia e Estados Unidos diminuíram, disseram fontes do governo indiano.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, negou qualquer urgência em fechar acordos apenas para cumprir o prazo de 1 de Agosto de Trump.
Ainda assim, as surpresas positivas nos resultados de empresas mantiveram os mercados perto de máximos. Em média, os analistas esperam que as empresas do S&P 500 apresentem um aumento de 6,7% nos resultados do segundo trimestre, com as 'Big Tech' a impulsionar grande parte desse ganho, segundo dados compilados pela LSEG.
A Alphabet, empresa-mãe da Google, e o fabricante de veículos eléctricos Tesla TSLA.O inauguram os resultados trimestrais das acções dos "Sete Magníficos" na quarta-feira, dando o mote para Wall Street.
As acções da Tesla caíram 0,56% nas negociações pré-abertura, tendo caído cerca de 19% até agora em 2025 por entre o envolvimento político do CEO, Elon Musk, e os desafios que o seu negócio 'core' enfrenta.
O discurso do Presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, às 1430 TMG, será observado de perto em busca de pistas sobre o próximo movimento de política do banco central.
Após uma série de dados económicos mistos na semana passada, os investidores excluíram a possibilidade de um corte nas taxas de juro na próxima semana e vêem uma probabilidade de 56,3% de uma redução em Setembro, segundo a ferramenta CME FedWatch.
A relutância da Fed em cortar os custos dos empréstimos atraiu críticas do governo Trump, gerando especulações de que a independência do banco central está ameaçada e que Powell será substituído. Bessent afirmou, na segunda-feira, que queria rever o desempenho da Fed como instituição.
Entre outras movimentações, as mineiras de carvão norte-americanas Peabody Energy BTU.N e Warrior Met Coal HCC.N subiram 4,8% e 4,1%, respectivamente, à medida que os preços do carvão de coque da China subiam, por entre a especulação do mercado sobre as inspecções governamentais nos principais centros de produção.
Texto integral em inglês: nL4N3TJ0LC