17 Jul (Reuters) - A GE Aerospace GE.N aumentou sua previsão de lucro para 2025 na quinta-feira, impulsionada pela forte demanda por serviços de manutenção de pós-venda, já que as companhias aéreas mantêm jatos mais antigos por mais tempo devido aos atrasos persistentes na entrega de aeronaves.
Atrasos na produção da Boeing BA.N e da Airbus AIR.PA estão atrasando as entregas de aeronaves, forçando as companhias aéreas a operar jatos mais antigos por períodos mais longos para atender à crescente demanda de viagens.
Esta tendência beneficiou empresas como a GE Aerospace, que geralmente oferecem motores a custos iniciais mais baixos e geram a maior parte de seus lucros por meio de contratos de longo prazo e alta margem para peças de reposição e manutenção.
A GE espera um crescimento anual ajustado lucro por ação na faixa de US$ 5,60 a US$ 5,80, em comparação com suas expectativas anteriores de US$ 5,10 a US$ 5,45.
Sua divisão de motores comerciais gera mais de 70% de sua receita com peças e serviços.
O lucro do segundo trimestre no segmento de motores e serviços comerciais aumentou 33%, para US$ 2,23 bilhões, enquanto a receita aumentou 30%, para US$ 7,99 bilhões.
A GE mantém um controle firme no mercado de motores a jato por meio da CFM International, sua joint venture de longa data com a francesa Safran SA SAF.PA.
O lucro da GE no trimestre encerrado em junho foi de US$ 2,39 bilhões, ou US$ 1,87 por ação, em comparação com US$ 1,45 bilhão, ou US$ 1,20 por ação, no ano anterior.
No entanto, restrições na cadeia de suprimentos continuam a prejudicar a produção, resultando em um declínio nas entregas de motores no ano passado.
A Airbus tinha avisado (link) companhias aéreas sobre atrasos nas entregas que podem se estender por até três anos, citando gargalos em motores e algumas peças estruturais como um fator-chave, informou a Reuters em maio.
As tarifas abrangentes impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, estão aumentando a pressão sobre a cadeia de suprimentos aeroespacial, aumentando os custos para os fornecedores em meio à incerteza sobre quem arcará com o ônus financeiro.
A receita ajustada da GE para o primeiro trimestre encerrado em 30 de junho aumentou 23%, para US$ 10,15 bilhões.