Por Marc Jones
LONDRES, 3 Jul (Reuters) - Dados fortes de emprego dos Estados Unidos fizeram com que o dólar e Wall Street subissem nesta quinta-feira, enquanto na Europa os mercados de títulos da Reino Unido se recuperavam de novas preocupações com a dívida.
O anúncio de um acordo entre os Estados Unidos e o Vietnã antes do prazo final da próxima semana para as tarifas comerciais mundiais dos EUA também dava ânimo, e os números robustos do setor de empregos dos EUA fizeram com que o dólar dobrasse seus ganhos do dia e garantiram que o S&P 500 e o Nasdaq abrissem em novas máximas históricas.
A economia dos EUA abriu 147.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em junho, depois de 144.000 em maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 110.000 empregos criados no mês passado.
Os aumentos nas ações e no dólar eram acompanhados por um salto nos rendimentos dos Treasuries, já que os investidores adiaram as perspectivas para corte dos juros pelo Fed.
O rendimento do Treasury de 2 anos do US2YT=RR, que normalmente acompanha as expectativas de taxa de juros do Federal Reserve, subia 8,9 pontos-base, para 3,88%. O rendimento dos títulos de referência de 10 anos dos EUA US10YT=RR ganhava 4,9 pontos-base, para 4,342%
O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX ganhava 0,4% e mantinha o indicador de ações mundiais da MSCI .MIWD00000PUS no rumo de sua sétima máxima recorde nas últimas oito sessões.
Os títulos britânicos recuperaram parte das pesadas perdas sofridas na quarta-feira devido à incerteza sobre o futuro da ministra das Finanças, Rachel Reeves, mas permaneciam abaixo de níveis recentes.
O rendimento do gilt de 20 anos GB20YT=RR, que é um indicador dos custos de empréstimos de longo prazo do governo do Reino Unido, diminuiu 8 pontos-base após seu maior pico na quarta-feira desde outubro de 2022 - durante o malfadado governo de Liz Truss.
Uma aparição chorosa de Reeves no Parlamento gerou dúvidas sobre seu futuro e as finanças públicas do Reino Unido depois que o governo foi forçado a abandonar bilhões de libras em cortes de gastos com a previdência.
"Algumas preocupações permanecem sobre o fato de o governo estar sendo encurralado e perdendo o controle sobre as finanças públicas", disse Susannah Streeter, chefe de dinheiro e mercados da corretora Hargreaves Lansdown.
((Tradução Redação São Paulo))
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