Por Chibuike Oguh e Elizabeth Howcroft
NOVA YORK/PARIS, 27 Jun (Reuters) - As ações globais atingiram um recorde nesta sexta-feira, impulsionadas pelo otimismo do mercado em relação aos sinais de progresso nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto o dólar se mantinha próximo de seus níveis mais baixos em mais de três anos.
Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram picos históricos, impulsionados em parte por ganhos em megacaps de crescimento, incluindo a Nvidia NVDA e a Amazon AMZN.
O S&P 500 .SPX e o Nasdaq estão se encaminhando para um ganho semanal e têm alta de cerca de 5% este ano, após uma primeira metade do ano volátil, dominada pelo anúncio de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, em 2 de abril, que fez com que as ações despencassem.
O índice MSCI global de ações .MIWD00000PUS atingiu um recorde e estava encaminhado para um ganho semanal de 3,2%.
"É a continuação desse rali monstruoso desde o início de abril", disse James St. Aubin, diretor de investimentos da Ocean Park Asset Management. "Tem sido um retorno bastante improvável e continua, supondo que a controvérsia tarifária não seja mais uma questão importante na mente do mercado."
Investidores viram um acordo comercial entre Washington e Pequim na quinta-feira sobre como agilizar os embarques de terras raras para os EUA como um sinal positivo, em meio aos esforços para acabar com a guerra tarifária entre as duas economias.
Trump estabeleceu o dia 9 de julho como prazo para que a União Europeia e outros países cheguem a um acordo para reduzir as tarifas.
Investidores também se sentiram confiantes com o cessar-fogo entre Irã e Israel, e os mercados aumentaram as apostas de cortes na taxa de juros dos EUA em meio à possibilidade de Trump anunciar um novo chair do Federal Reserve, mais "dovish", antes do término do mandato de Jerome Powell no próximo ano.
No mercado de câmbio, o dólar permanecia em desvantagem, pairando próximo de seu nível mais baixo em três anos e meio em relação ao euro e à libra.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, caía 0,1%, para 97,269, mantendo-se próximo de seu nível mais baixo em mais de três anos. A divisa está tendo seu pior início de ano desde que a era das moedas de livre flutuação começou no início da década de 1970.
Operadores aumentaram suas apostas nos cortes dos juros dos EUA e agora estão precificando 64 pontos-base de flexibilização este ano, contra 46 pontos-base esperados na sexta-feira.
Na renda fixa, o rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR subia 1,2 ponto-base, para 4,265%.
((Tradução Redação Brasília))
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