Por Steve Holland e Alexandra Alper
WASHINGTON, 16 Jun (Reuters) - As ações da US Steel XN subiram 5% na segunda-feira, à medida que uma oferta de US$ 14,9 bilhões pela conhecida empresa norte-americana da Nippon Steel 5401.T se aproximava da linha de chegada e após detalhes da ação de ouro do governo dos EUA terem surgido no fim de semana.
As ações da US Steel atingiram US$ 54,86, pouco abaixo da oferta de US$ 55 da Nippon Steel, depois que o governo Trump deu (link) sinal verde para a fusão na sexta-feira por meio de uma decreto e um acordo assinado para amenizar as preocupações com a segurança nacional, encerrando um tumultuado esforço de 18 meses.
Mas surgiram questões sobre a "ação de ouro" do presidente Donald Trump (link) sugeriu dar ao povo norte-americano uma participação de 51% na empresa norte-americana em dificuldades como parte da aquisição.
"O presidente Trump garantiu uma Golden Share perpétua como parte da aquisição da US Steel pela Nippon Steel", postou o secretário de Comércio, Howard Lutnick, nas redes sociais no sábado.
Ele acrescentou que a ação impediria as empresas de reduzir ou atrasar US$ 14 bilhões em investimentos prometidos, transferir a produção ou empregos para fora dos Estados Unidos ou fechar ou paralisar fábricas antes de determinados prazos, sem o consentimento do presidente.
Esse poder poderia ser conferido por meio de uma única ação preferencial, chamada Classe G de "ouro", disse uma autoridade dos EUA, confirmando uma reportagem do New York Times.
Em uma folha de termos de acordo de segurança nacional (link) proposto ao Comitê de Investimento Estrangeiro nos EUA em setembro de 2024 e obtido pela Reuters, a Nippon Steel prometeu que a maioria dos membros do conselho da US Steel seriam norte-americanos, e que três deles — conhecidos como "diretores independentes dos EUA" — seriam aprovados pelo CFIUS.
"A US Steel pode reduzir a Capacidade de Produção se, e somente se, isso for aprovado pela maioria dos Diretores Independentes dos EUA", afirma o termo de compromisso, acrescentando que os principais gerentes dos EUA serão cidadãos norte-americanos.