MERCADOS GLOBAIS-Ações ficam estáveis, rendimentos dos Treasuries caem com inflação mais baixa e acordo EUA-China

Por Lawrence Delevingne e Lawrence White

11 Jun (Reuters) - As ações de Wall Street e o dólar rondavam a estabilidade nesta quarta-feira, enquanto os rendimentos dos Treasuries caíam, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que um acordo comercial entre os EUA e a China foi fechado e um novo relatório sobre os preços ao consumidor dos EUA em maio mostrou apenas um aumento marginal.

Uma autoridade da Casa Branca disse que o acordo com a China permite que os EUA cobrem uma tarifa de 55% sobre os produtos chineses importados, incluindo uma tarifa "recíproca" de 10%, uma tarifa de 20% para o tráfico de fentanil e uma tarifa de 25% que reflete as taxas pré-existentes.

A China cobrará uma tarifa de 10% sobre as importações dos EUA, disse a autoridade. Trump também disse que Pequim fornecerá ímãs e minerais de terras raras, enquanto os EUA permitirão estudantes chineses em suas faculdades e universidades.

Separadamente, o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% em maio em meio à gasolina mais barata, depois de alta de 0,2% em abril, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira. No entanto, a expectativa é de que a inflação acelere nos próximos meses devido às tarifas de importação do governo Trump.

Chris Zaccarelli, diretor de investimentos da Northlight Asset Management, disse que o provável acordo comercial entre os EUA e a China e os dados de preços ao consumidor devem dar suporte aos mercados.

"A narrativa sobre a inflação induzida por tarifas deve diminuir", escreveu ele em um email. "Ainda estamos cautelosos, mas muitos dos riscos que estavam presentes no início de abril parecem estar diminuindo."

O Dow Jones Industrial Average .DJI e o S&P 500 .SPX tinham pouca alteração, enquanto o Nasdaq Composite .IXIC subia 0,18%.

As ações da Tesla TSLA.O tinham alta de 1,7% depois que Elon Musk afirmou que se arrepende de algumas das publicações que fez na semana passada sobre Trump, abrindo caminho para a cura de uma abrupta divisão que agitou Washington e prejudicou as ações da montadora de carros elétricos.

A reação nos mercados de câmbio era discreta, com o dólar se fortalecendo ligeiramente em relação ao iene japonês, sendo negociado a 144,98 JPY=EBS. O euro subia 0,3%, para US$1,146 EUR=EBS, derrubando o índice do dólar para 98,86 =USD.

Os rendimentos dos Treasuries de dez anos US10YT=TWEB caíam 4 pontos-base, para 4,434%, mas os investidores em títulos também aguardavam um leilão de US$39 bilhões em notas de 10 anos, ansiosos para ver se haverá compradores estrangeiros.

Após os dados de preços ao consumidor, os operadores de juros futuros precificavam 70% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Fed em setembro, em comparação com 57% anteriormente. A expectativa geral é de que o Fed mantenham os juros na próxima semana. 0#USDIRPR

(Reportagem de Lawrence Delevingne em Boston, Lawrence White em Londres e Wayne Cole em Sydney)

((Tradução Redação São Paulo))

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