BOLSA EUA-Wall Street recua após Trump ameaçar UE e Apple com novas tarifas

23 Mai (Reuters) - Os principais índices de Wall Street caíam nesta sexta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que recomendou tarifas de 50% sobre a União Europeia, enquanto as ações da Apple recuavam com ele alertando que a empresa teria que pagar taxas se vendesse iPhones não fabricados no país.

"A União Europeia, que foi formada com o objetivo principal de tirar vantagem dos Estados Unidos no comércio, tem sido muito difícil de lidar", disse Trump em publicação no Truth Social.

A Apple AAPL.O atingiu a mínima de duas semanas e perdia 2,7% depois que Trump disse em um post separado que a fabricante do iPhone estaria sujeita a tarifas de 25% se seus smartphones vendidos nos EUA não fossem fabricados dentro das fronteiras do país.

"A abertura de mais frentes na guerra comercial foi exatamente o que os investidores, que esperavam um fim de semana tranquilo antes do feriado, não precisavam e isso claramente pegou a maioria desprevenida", disse Steve Sosnick, analista-chefe de mercado da Interactive Brokers.

"Não está claro o que motivou essas declarações, mas elas são emblemáticas do tipo de volatilidade para a qual devemos estar sempre preparados."

O Dow Jones .DJI caía 0,78%, a 41.531,98 pontos. O S&P 500 .SPX tinha queda de 0,93%, a 5.787,75 pontos, enquanto o Nasdaq Composite .IXIC recuava 1,14%, a 18.709,69 pontos.

O indicador de volatilidade de Wall Street .VIX atingiu a máxima de mais de duas semanas.

Todos os 11 principais subsetores do S&P caíam, com os setores de consumo discricionário .SPLRCD e de tecnologia da informação .SPLRCT sendo os mais atingidos.

A maioria das ações de megacaps perdia, com a Amazon AMZN.O e a Nvidia NVDA.O recuando cerca de 2% cada.

Todos os três principais índices acionários estavam a caminho de perdas semanais acentuadas, uma vez que as preocupações com o aumento da dívida do país elevaram os rendimentos dos Treasuries no início da semana.

(Reportagem de Shashwat Chauhan e Kanchana Chakravarty em Bengaluru)

((Tradução Redação São Paulo))

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