Investing.com — A Bernstein alertou investidores em uma nota na quarta-feira para não se deixarem enganar pelos fortes resultados do segundo trimestre no setor automotivo dos EUA, advertindo que uma desaceleração se aproxima no segundo semestre de 2025 e início de 2026.
A empresa afirmou que a força do 2º tri é uma "miragem", impulsionada pela antecipação da demanda relacionada a tarifas, e não por um crescimento sustentável.
"A antecipação da demanda motivada por tarifas favoreceu as vendas e os lucros do setor automotivo dos EUA", escreveram os analistas da Bernstein, observando que os volumes de março e abril aumentaram 9,4% e 10,4% em relação ao ano anterior, respectivamente.
Segundo a análise, os preços permaneceram estáveis e os descontos modestos, ajudando os fabricantes a preservar os preços líquidos. Mas a Bernstein enfatizou: "Isso é temporário, não uma recuperação estrutural".
Com os consumidores correndo para comprar antes que as tarifas entrassem em vigor, espera-se agora que as montadoras enfrentem uma demanda mais fraca nos próximos meses.
"A antecipação deixa um vácuo no segundo semestre: espere um impacto de 3-4% na SAAR", alertou a Bernstein, estimando que cerca de 300.000 unidades foram deslocadas para o início de 2025, criando um potencial déficit no segundo semestre.
Os cortes na produção já refletem a cautela, segundo a empresa. "As montadoras reduziram os planos de produção em -6,7% do 2º tri/25 ao 4º tri/26", com as reduções mais severas esperadas para o terceiro e quarto trimestres de 2025.
Eles acrescentam que os veículos elétricos a bateria estão sendo os mais afetados, com uma redução média planejada na produção de 17,5% por trimestre, embora os modelos com motor de combustão interna representem a maior parte das quedas gerais de volume.
A Bernstein vê mais quedas pela frente: "O ciclo de rebaixamento não acabou, as estimativas para o segundo semestre e 2026 ainda estão muito altas."
A empresa espera que o otimismo dos investidores diminua à medida que os dados do verão confirmem vendas mais fracas e aumento de descontos. "As avaliações se recuperaram com a esperança de alívio tarifário e não precificaram a perspectiva mais difícil", concluíram os analistas.
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