Por Chris Prentice e Stella Qiu
NOVA YORK/SYDNEY, 16 Mai (Reuters) - Wall Street tinha leve variação positiva nesta sexta-feira e caminhava para acumular ganhos na semana, conforme resultados corporativos favoráveis ajudavam a sustentar movimento de recuperação provocado por uma trégua comercial entre EUA e China.
Os preços do petróleo tinha leve alta mas permanecem relativamente baixos, dando ainda mais suporte às ações e aos títulos.
A confiança do consumidor dos EUA caiu ainda mais em maio, com o aumento das expectativas de inflação para um ano aumentando conforme as famílias seguem preocupadas com o impacto econômico da política comercial agressiva e muitas vezes errática do presidente Donald Trump, segundo uma pesquisa da Universidade de Michigan.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram depois que dados mostraram um início de construção de moradias mais fraco do que o esperado.
O indicador MSCI de ações de todo o mundo .MIWD00000PUS recuava 0,09%.
O Dow Jones .DJI subia 36,59 pontos, ou 0,09%, a 42.359,34 pontos. O S&P 500 .SPX tinha alta de 11,64 pontos, ou 0,20%, a 5.928,27 pontos, enquanto o Nasdaq Composite .IXIC avançava 27,13 pontos, ou 0,14%, a 19.139,44 pontos.
Em grande parte, essa foi uma semana positiva para os mercados acionários globais, com investidores aplaudindo uma trégua tarifária entre os Estados Unidos e a China, que reduziu bastante o risco de uma recessão global.
"O clima de risco ainda está presente nos mercados", disse Nabil Milali, estrategista Multi-Asset & Overlay do Edmond de Rothschild, citando também notícias de que a União Europeia e os EUA concordaram em intensificar as negociações sobre um possível acordo comercial e uma temporada de balanços melhor do que o esperado.
"O fato de termos mais surpresas positivas é muito bom para as ações europeias."
O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX subia 0,13% e caminhava para sua quinta semana consecutiva de ganhos.
Os preços de importação dos EUA subiram inesperadamente em abril, quando um aumento no custo de bens de capital compensou os produtos de energia mais baratos.
"Estamos nos estágios iniciais de uma transição comercial. Em abril, os impactos ainda não estavam claros; entretanto, sabemos que a incerteza desequilibrou as construtoras residenciais", disse Jeffrey Roach, economista-chefe da LPL Financial em Charlotte, Carolina do Norte, sobre os preços de importação e os dados de habitação e construção.
O principal indicador do MSCI de ações da região Ásia-Pacífico, exceto Japão .MIAPJ0000PUS, subiu mais de 3% esta semana, e o S&P 500 subiu 4,5% até o momento .SPX.
Os preços do petróleo têm estado instáveis esta semana, tendo subido com o acordo entre os EUA e a China, antes de cair 2% na quinta-feira devido ao aumento da pressão sobre a oferta decorrente de um aumento na produção da OPEP+ e da perspectiva de um acordo nuclear com o Irã.
Os futuros do Brent LCOc1 se recuperavam ligeiramente na sexta-feira e devem encerrar a semana em alta. O/R
Os preços do petróleo - baixos para os padrões recentes - estão ajudando a sustentar expectativas de que a inflação está diminuindo, assim como os dados de quinta-feira dos EUA que não mostraram nenhum impacto dramático das tarifas, ajudando tanto as ações quanto os títulos.
O núcleo das vendas no varejo dos EUA foi fraco e os preços ao produtor caíram inesperadamente em abril, aumentando as apostas do mercado para 57 pontos-base de flexibilização da taxa de juros pelo Federal Reserve este ano, em comparação com 49 pontos-base antes.
O rendimento do Treasury de dez anos US10YT=RR --referência global para decisões de investimento-- caía 1 pontos-base, a 4,441%, ampliando a queda de quinta-feira. Os rendimentos dos títulos públicos da zona do euro também caíram. GVD/EUR US/
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,40%, a 101,170.