MERCADOS GLOBAIS-Ações globais sobem e dólar recua em meio à trégua tarifária

Por Chris Prentice e Samuel Indyk

NOVA YORK/LONDRES, 14 Mai (Reuters) - As ações globais e Wall Street subiam devido à diminuição das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto o dólar ampliava suas perdas, conforme dados positivos da inflação norte-americana mantiveram em discussão cortes na taxa básica do Federal Reserve.

O índice MSCI global de ações .MIWD00000PUS subia 0,26%, para 873,44 pontos.

Com a trégua na disputa tarifária entre a China e os EUA, que parece ter dado uma pausa na guerra comercial mundial, investidores impulsionaram as ações globais.

"Tudo se resume à mudança no apetite por risco", disse Lars Skovgaard, estrategista sênior de investimentos do Danske Bank.

"Tenho dificuldade em ver que voltaremos a esse ruído político extremo", acrescentou.

Em Wall Street, o Dow Jones .DJI subia 0,15%, para 42.204,78 pontos. O S&P 500 .SPX registrava variação positiva de 0,04%, para 5.888,81 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC ganhava 0,38%, para 19.082,35 pontos.

Dados divulgados na terça-feira mostrando uma inflação ao consumidor dos EUA mais branda do que o esperado também proporcionaram algum alívio a investidores preocupados com o impacto inflacionário das políticas tarifárias norte-americanas, que haviam reduzido seriamente as expectativas de cortes nos juros do Fed no curto prazo.

Enquanto isso, o Fed alertou sobre o aumento da incerteza econômica, sinalizando que está preparado para aguardar a avaliação do impacto das tarifas dos EUA antes de voltar a cortar a taxa básica.

No mercado de câmbio, o índice do dólar =USD -- que mede a moeda frente a uma cesta de pares -- caía 0,24%. A divisa sofreu uma queda recentemente devido à incerteza econômica e política.

Na renda fixa, os rendimentos dos Treasuries subiam, com investidores avaliando os dados de inflação dos EUA de abril, mais brandos do que o esperado, em comparação com expectativas de que as tarifas alimentarão preços mais altos nos próximos meses. US/

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB