Gestores estão otimistas e projetam Ibovespa acima de 140 mil pontos até o fim do ano

Investing.com — Gestores latino-americanos estão começando a recuperar o otimismo em relação ao mercado de ações brasileiro, de acordo com uma Pesquisa de Gestores do Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) divulgada na terça-feira. Dos 32 gestores que responderam, com US$ 74 bilhões em ativos sob gestão, 43% esperam que o principal índice de ações do Brasil feche 2025 com uma pontuação acima de 140.000 pontos, em comparação com 18% na pesquisa de abril, quando a visão predominante era de que o Ibovespa estaria entre 130.000 e 140.000 pontos até o final do ano.

O Ibovespa renovou seu recorde intradiário hoje, negociando em alta de 1,8% a 139.035 pontos às 16:20. Se o índice fechar neste nível, quebrará o recorde anterior de fechamento estabelecido em 28 de agosto do ano passado.

O otimismo dos gestores é reforçado pela proximidade do fim do atual ciclo de alta da taxa Selic, pela maior percepção de uma revisão para cima dos lucros das empresas brasileiras em 2025 e pelo abrandamento da guerra comercial entre os EUA e a China. Embora a maioria dos gestores veja poucos impactos significativos da disputa sino-americana na precificação dos ativos brasileiros, "tarifas dos EUA" e "China e preços de commodities" são vistos como os maiores riscos para os mercados latino-americanos.

22% dos entrevistados acreditam que as empresas verão uma revisão para cima em seus lucros, o nível mais alto desde novembro de 2024, embora a maioria ainda espere que as previsões permaneçam estáveis. A projeção para a taxa Selic terminal está entre 14,75% e 15% para a maioria dos gestores, com a taxa básica de juros esperada entre 14,5% e 15% no final de 2025. O Bank of America destaca no relatório que seus analistas preveem que o Copom encerrará sua alta de juros em 14,75%. No entanto, os gestores estão apostando que haverá uma rotação de portfólio para ações quando a Selic atingir 9% ao ano.

Ainda assim, 27% dos gestores estão com mais apetite por risco, com financeiros e utilities sendo classificados como acima da média, versus commodities e consumo discricionário, que foram classificados pela maioria dos gestores como abaixo da média. A maioria dos gestores espera que ações de alta qualidade tenham desempenho superior nos próximos seis meses.

Por fim, a expectativa dos gestores entrevistados pelo BofA é que o dólar feche entre R$ 5,70 e R$ 6,00 no final de 2025. A maioria das projeções para o PIB do Brasil no final do ano está entre 1% e 2% de crescimento, embora o número de entrevistados que veem o PIB fechando entre 2% e 3% este ano esteja crescendo.

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