13 Mai (Reuters) - Os futuros dos índices de acções dos Estados Unidos caíram, esta terça-feira, recuando após um forte 'rally' alimentado por uma trégua comercial Estados Unidos-China, com os investidores a concentrarem-se numa leitura chave da inflação norte-americana que poderá moldar as perspectivas da política monetária.
A inflação dos preços no consumidor (IPC) de Abril é divulgada às 1230 TMG, com os economistas inquiridos pela Reuters a esperarem um aumento mensal de 0,3% e uma taxa anual estável nos 2,4%.
Actualmente, os investidores prevêem pelo menos duas reduções das taxas de 25 pontos base até ao final do ano, estando o primeiro corte previsto para Setembro, segundo dados compilados pela LSEG.
Vários responsáveis da Reserva Federal deverão falar esta semana, incluindo o Presidente Jerome Powell na quinta-feira.
Os três principais índices norte-americanos fecharam em forte alta na segunda-feira, com o S&P 500 .SPX a registar o seu nível de fecho mais elevado desde 5 de Março, numa altura em que se assistiu a um 'rally' de alívio após Estados Unidos e China terem concordado em reduzir temporariamente as pesadas tarifas recíprocas e cooperar para evitar a ruptura da economia global.
Os Estados Unidos reduzirão as tarifas adicionais impostas às importações chinesas de 145% para 30% nos próximos três meses, enquanto que as tarifas chinesas sobre as importações norte-americanas cairão de 125% para 10%.
Uma ordem executiva da Casa Branca afirma que os Estados Unidos vão reduzir as tarifas "de minimis" de baixo valor sobre as remessas da China.
Após a trégua tarifária, a Goldman Sachs tornou-se a primeira grande corretora a reduzir a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos.
Os três principais índices recuperaram as suas perdas desde 2 de Abril - apelidado de "Dia da Libertação" - quando o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas recíprocas sobre quase todos os parceiros comerciais.
Uma pausa de 90 dias anunciada a 9 de Abril para outros países além da China, juntamente com resultados sólidos de empresas e um acordo comercial limitado entre Estados Unidos e Reino Unido na semana passada, ajudaram o S&P 500 e o Nasdaq, dominado pelas tecnológicas, a recuperar o terreno perdido.
Ainda assim, o S&P 500 permanece quase 5% abaixo do seu recorde máximo de Fevereiro.
A maioria das acções 'megacap' e de crescimento caiu, após a subida da sessão anterior, com a Tesla TSLA.O e a Nvidia NVDA.O caírem cerca de 1% cada nas negociações pré-abertura.
Entre os primeiros movimentos estavam os da operadora 'cripto exchange' Coinbase Global COIN.O, que saltou 9,3% após ter sido confirmada a sua entrada no S&P 500 a 19 de Maio.
A época de resultados de empresas está a terminar e mais de 90% das empresas do S&P 500 já divulgaram resultados, sendo que os resultados do gigante do retalho Walmart WMT.N deverão ser conhecidos mais tarde nesta semana.
Os investidores aguardam agora pistas de um potencial acordo comercial da visita de quatro dias de Trump à região do Golfo, com o Presidente a chegar à Arábia Saudita esta terça-feira.
Texto integral em inglês: nL4N3RL0PF