Dólar sobe pelo 3º dia após decisão do Fed e Ibovespa tem leve baixa em dia de balanços

SÃO PAULO, 7 Mai (Reuters) - Veja como fecharam nesta terça-feira os mercados no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, além das movimentações nas cotações do petróleo e das commodities agrícolas.

BOVESPA-Ibovespa tem declínio discreto em meio a balanços e Fed cauteloso; RD afunda 15%

O Ibovespa fechou com um declínio discreto nesta quarta-feira, em meio a uma nova bateria de resultados de empresas brasileiras, entre eles os números da RD Saúde RADL3.SA, que frustraram expectativas de analistas e derrubaram as ações da rede de farmácias para uma mínima desde 2019.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP cedeu 0,09%, a 133.397,52 pontos, após marcar 134.110,45 na máxima e 132.871,85 na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$19,7 bilhões.

CÂMBIO-Dólar sobe pelo 3º dia seguido puxado pelo exterior e à espera do Copom

O dólar emplacou nesta quarta-feira a terceira sessão consecutiva de ganhos, com as cotações no Brasil acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, numa sessão marcada pela decisão do Federal Reserve sobre juros, à tarde, e pela expectativa antes do anúncio da Selic pelo Banco Central, à noite.

O dólar à vista fechou em alta de 0,58%, aos R$5,7445. Em três dias, a divisa acumulou elevação de 1,56%. No ano, porém, a moeda norte-americana acumula baixa de 7,03%.

JURO-Taxas curtas fecham em alta e curtas em baixa após Fed e antes do Copom

As taxas dos DIs fecharam a quarta-feira com leves ganhos na ponta curta e leves perdas na ponta longa da curva a termo, com investidores à espera da decisão sobre juros do Banco Central, no início da noite, e digerindo comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, após os juros seguirem estáveis nos EUA.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 -- um dos mais líquidos no curto prazo -- estava em 14,735%, ante o ajuste de 14,699% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,01%, em alta de 5 pontos-base ante o ajuste de 13,961%.

Veja o fechamento das taxas dos principais contratos de DI:

BOLSA EUA-Recuperação tardia eleva as ações após Fed manter juros estáveis

As ações dos EUA avançaram nesta quarta-feira em um pregão volátil, impulsionadas pela recuperação das ações de semicondutores no final do pregão, com uma notícia de que as regulamentações sobre chips de inteligência artificial seriam afrouxadas.

O Dow Jones .DJI subiu 0,70%, para 41.113,97 pontos, o S&P 500 .SPX ganhou 0,43%, para 5.631,28 pontos, e o Nasdaq Composite .IXIC avançou 0,27%, para 17.738,16 pontos.

BOLSA EUROPA-Ações caem com balanços e antes de decisão do Fed sobre a taxa de juros

As ações europeias fecharam em baixa nesta quarta-feira, dando uma pausa após semanas de fortes ganhos, com os investidores monitorando uma série de balanços corporativos antes da decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve.

O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX fechou em queda de 0,5%, enquanto outros índices regionais também encerraram o dia no vermelho.

PETRÓLEO-Petróleo cai com menos esperanças sobre negociações entre EUA e China

Os preços do petróleo caíram mais de US$1 por barril nesta quarta-feira, enquanto investidores duvidavam que as próximas negociações comerciais entre Estados Unidos e China resultem em um avanço.

Ao mesmo tempo, esperanças do mercado para um acordo nuclear entre Irã e EUA diminuíram as preocupações com a oferta.

Os contratos futuros do petróleo Brent LCOc1 fecharam em queda de US$1,03, ou 1,66%, a US$61,12 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate dos EUA CLc1 fechou em queda de US$1,02, ou 1,73%, a US$58,07 por barril.

GRÃOS

Os contratos futuros da soja em Chicago caíram nesta quarta-feira por preocupações sobre a demanda e a concorrência global pairando sobre o mercado norte-americano, embora os sinais de um descongelamento no impasse comercial entre a China e os EUA tenham dado apoio.

A soja SN25 caiu 2 centavos, fechando a US$10,3925 por bushel. Já o milho Cv1 fechou em queda de 6,25 centavos, a US$4,4925 por bushel. O trigo Wv1 caiu 1,25 centavo, para US$5,3425 por bushel.

CAFÉ

O café arábica KCc2 caiu 5,75 centavos, ou 1,5%, para US$ 3,841 por libra-peso, já que o foco permaneceu na colheita do Brasil, o maior produtor.

A produção brasileira de café em 2025 deve totalizar 55,7 milhões de sacas de 60 kg, estimou a Conab na terça-feira, um aumento de 7,5% em relação à estimativa de janeiro.

AÇÚCAR

O açúcar bruto SBc1 caiu 0,31 centavo de dólar, ou 1,8%, a 17,13 centavos de dólar por libra-peso, voltando a se aproximar de uma mínima de mais de três anos, de 16,97 centavos de dólar, estabelecida no início deste mês.

Traders disseram que houve pouco interesse de compra, com os especuladores mantendo uma posição líquida vendida, em meio a sinais de melhoria da oferta global.

(PANORAMA 1, PANORAMA 2 e PANORAMA 3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código PAN/SA)

((Redação Brasília, +5511 5644 7745))

REUTERS FDC AC