Investing.com – A Petrobras (BVMF:PETR4) divulgou ontem, após o fechamento do mercado, o relatório operacional da companhia referente ao 1º trimestre de 2025. Os analistas avaliaram que os dados não tiveram surpresas, pois a Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulga mensalmente os dados operacionais do Brasil.
A estatal alcançou uma produção total de petróleo e gás de 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no período, mantendo-se praticamente estável em comparação com o mesmo período do ano anterior. Comparado com a média do quarto trimestre passado, houve um aumento de 5,4% na produção, devido ao volume reduzido de perdas por paradas de manutenção, à entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios e ao "ramp-up" do FPSO Marechal Duque de Caxias no campo de Mero, além da melhor eficiência operacional na Bacia de Santos.
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A produção de petróleo da Petrobras nos três primeiros meses de 2025 foi de 2,2 milhões de barris, um pouco abaixo da estimativa de 2,3 milhões de barris para o ano do BTG Pactual (BVMF:BPAC11). “Os números foram melhores em relação ao 2º semestre de 2024, quando houve interrupções para manutenção em plataformas, além da entrada em operação de novas plataformas. A expectativa é que continue o aumento do número de plataformas em operação”, dizem os analistas do BTG.
Na avaliação do Goldman Sachs (NYSE:GS), a FPSO Marechal Duque de Caxias utilizou 20% de sua capacidade de produção. Segundo a Petrobras, esta plataforma vai atingir pleno uso da capacidade até o fim do ano.
Além disso, o Bank of America (NYSE:BAC) e o Goldman Sachs estimam, em relatório, a entrada de operação da plataforma Alexandre de Gusmão, com capacidade de produção de 180 mil barris por dia, entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano (projeção em junho, segundo o Goldman).
Os relatórios dos três bancos também apresentaram estimativas do balanço, que será divulgado em 12 de maio, e o montante do dividendo referente ao exercício do 1º trimestre. “Todos os olhos estão para os investimentos”, afirma o BTG Pactual em relatório a clientes.
“O foco do balanço do 1º trimestre permanece em relação à evolução dos investimentos em comprometer o pagamento futuro dos proventos”, dizem os analistas do banco brasileiro, que preveem menos desembolsos aos acionistas em 2025. O banco brasileiro prevê um Ebitda de US$ 11,5 bilhões, alta de 17% em relação ao trimestre anterior e avanço anual de aproximadamente de 3%.
“Melhora do Ebitda é devido à produção maior, melhores spreads e menores custos. Já o Goldman Sachs aponta que sua projeção de Ebitda está 3% acima do consenso da Bloomberg.
O BTG prevê um dividendo de US$ 1,6 bilhão, baseado na estimativa de um fluxo de caixa livre de US$ 3,5 bilhões. Já a expectativa do Goldman Sachs projeta um dividendo ordinário de US$ 2,4 bilhões.
Os três bancos estão com recomendação de “Compra” em Petrobras. O Bank of American aponta, apesar da queda do preço do petróleo, que a empresa oferece atratividade, com potencial de valorização em meio à perspectiva de uma vitória eleitoral de uma plataforma mais pró-mercado no pleito presidencial do ano que vem.
As ações preferenciais recuavam 1,34% a R$ 30,15, enquanto as ordinárias caíam 1,37% a R$ 30,14 às 14h06 na B3. A queda refletia a baixa do preço do petróleo no mercado internacional, com o Brent caindo 3,62% a US$ 60,97 por barril.
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