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Boeing tem prejuízo menor do que o esperado com maior entrega de jatos

Reuters23 de abr de 2025 às 18:16

Por Allison Lampert e Shivansh Tiwary e David Shepardson

- A Boeing divulgou um prejuízo trimestral menor do que o esperado nesta quarta-feira, apoiada por maior produção e entrega de jatos, após problemas de qualidade e greve interromperem a maior parte da produção de aeronaves da companhia no ano passado.

A Boeing quer praticamente dobrar a produção do seu jato mais vendido, o 737 MAX, ante o patamar de janeiro, para 38 por mês até o final deste ano, número limitado por órgão regulador.

O presidente-executivo da Boeing, Kelly Ortberg, que assumiu o comando da fabricante de aviões no ano passado prometendo um crescimento cauteloso da produção, disse à CNBC que a Boeing está produzindo 737s a uma taxa mensal na casa dos 30.

Ortberg, que em uma carta aos funcionários nesta quarta-feira se referiu a 2025 como o "ano da virada" da Boeing, disse que a empresa ainda espera realizar este ano mais voos de seu programa espacial Starliner, que teve problemas anteriormente.

Mas a Boeing enfrenta interrupções na cadeia de suprimentos do setor que atrasaram a produção de alguns jatos, mesmo com o acúmulo de pedidos dos fabricantes de aeronaves no ano passado na esteira da forte demanda por aviões. A empresa reportou perda de US$11,8 bilhões em 2024 devido a problemas em suas principais unidades.

A Boeing também está lidando com as consequências de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que levou à devolução de dois de seus aviões destinados a uma companhia aérea chinesa e pode prejudicar ainda mais as relações com o mercado de aviação em rápido crescimento.

O uso do fluxo de caixa livre, métrica observada de perto por investidores, melhorou durante o trimestre para US$2,3 bilhões negativos, superando as expectativas dos analistas de, em média, US$3,6 bilhões negativos, de acordo com dados compilados pela LSEG. O diretor financeiro da Boeing, Brian West, disse em março que o fluxo de caixa poderia melhorar no primeiro trimestre em centenas de milhões de dólares.

A fabricante de aviões divulgou um prejuízo ajustado de US$0,49 por ação no primeiro trimestre, ante perda de US$1,13 por ação um ano antes. Analistas esperavam um prejuízo ajustado de US$1,29 por ação, segundo dados compilados pela LSEG.

Enquanto isso, a unidade de defesa da Boeing retornou à lucratividade após três trimestres seguidos de perdas, com lucro operacional de US$155 milhões, um pouco acima dos US$151 milhões apurados um ano antes.

(Reportagem de Allison Lampert, em Montreal, e Shivansh Tiwary, em Bengaluru)

((Tradução Redação São Paulo))

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