Investing.com — O Barclays (LON:BARC) rebaixou sua perspectiva para o setor de Automóveis e Mobilidade dos EUA para Negativo, citando riscos crescentes de tarifas automotivas que ameaçam pesar sobre os lucros, investimentos e demanda dos consumidores em toda a indústria.
A corretora informou que incorporou cenários tarifários em seus modelos financeiros, reduzindo as estimativas de EBIT para 2025 da Ford (NYSE:F) e General Motors (NYSE:GM) em 60% e 40%, respectivamente.
Espera-se que os fornecedores de autopeças também sejam afetados, com previsões de lucro reduzidas entre 10% e 25% em média.
O Barclays afirmou que os riscos das tarifas sob o presidente Donald Trump representam desafios estruturais de longo prazo.
O banco rebaixou a GM para Equal Weight e expressou uma leve preferência pela Ford em relação à sua rival de Detroit.
Também reduziu as classificações da Aptiv (NYSE:APTV), Mobileye e Visteon (NASDAQ:VC) para Equal Weight, citando riscos para investimentos em tecnologia automotiva e adoção mais lenta de veículos elétricos.
A Autoliv (NYSE:ALV) foi a única elevação na nota do Barclays, promovida para acima da média.
O Barclays alertou que um cenário de consumidor mais fraco poderia amplificar os problemas, já que preços mais altos de veículos devido às tarifas podem colidir com condições econômicas em deterioração.
O resultado poderia ser queda nos volumes, cadeias de suprimentos interrompidas e custos mais altos com "compensações limitadas".
As avaliações, argumentou o banco, não refletem totalmente esses riscos.
Embora alguns possam argumentar que as ações automotivas negociam em múltiplos historicamente baixos, o Barclays acredita que as estimativas de consenso precificaram muito pouco do risco tarifário.
As tarifas também podem lançar uma sombra sobre os planos de eletrificação de longo prazo das montadoras. Com a produção de veículos elétricos enfrentando custos crescentes e demanda incerta, o Barclays vê as empresas potencialmente reduzindo investimentos em conteúdo avançado e tecnologia para proteger as margens.
Em um cenário negativo, os lucros das montadoras poderiam ser pressionados em mais de 70%, e os lucros dos fornecedores em 30% em média, alertou o banco.
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