15 Abr (Reuters) - O medicamento BMY.N da Bristol Myers Squibb para tratar um tipo de doença cardíaca não melhorou significativamente a capacidade funcional e os sintomas em pacientes, não atingindo os principais objetivos de um estudo em estágio avançado, disse a empresa na segunda-feira.
O Com sede em Nova Jersey As ações da empresa caíram 1,6% no pregão estendido.
O medicamento mavacamten foi testado em pacientes adultos com forma não obstrutiva de cardiomiopatia hipertrófica(nHCM), uma condição hereditária caracterizada pelo espessamento dos músculos do coração.
A CMH afeta cerca de um em cada cinco adultos no mundo todo e é a causa identificável mais comum de morte cardíaca súbita em jovens saudáveis nos Estados Unidos, de acordo com dados do governo.
O medicamento, denominado Camzyos, já está aprovado (link) nos EUA, para a forma mais grave e obstrutiva da doença, que pode bloquear o fluxo sanguíneo para fora do coração.
O fracasso do teste reflete a dificuldade em demonstrar benefícios em populações de pacientes menos graves, disse o analista da BMO Capital Markets, Evan Seigerman, acrescentando que isso aumenta a "pressão sobre catalisadores subsequentes que precisam ser positivos para mudar a história do BMY."
A farmacêutica disse que nenhum novo sinal de segurança foi observado no estudo.
O rótulo do Camzyos contém um aviso em caixa, o mais rigoroso da FDA, sobre o risco de insuficiência cardíaca.
O estudo, que incluiu 580 pacientes com nHCM sintomático, usou um questionário clínico relatado pelo paciente para avaliar seu estado de saúde, incluindo frequência dos sintomas e limitações físicas e sociais.
O Mavacamten também não conseguiu melhorar a capacidade de exercício dos pacientes no estudo, medida pelo consumo máximo de oxigênio após 48 semanas de tratamento.
A empresa disse que planeja compartilhar resultados detalhados dos testes com a comunidade científica no futuro.