Por Lawrence Delevingne e Alun John
BOSTON/LONDRES, 14 Abr (Reuters) - As ações norte-americanas tinham um rali nesta segunda-feira, após a Casa Branca isentar smartphones e computadores das tarifas dos Estados Unidos, embora os ganhos tenham sido limitados e o dólar tenha recuado, depois que o presidente Donald Trump disse que taxas de importação ainda são prováveis.
Impulsionado por ações de tecnologia, o índice Dow Jones .DJI subia cerca de 1%, enquanto os índices S&P 500 .SPX e Nasdaq .IXIC ganhavam cerca de 1,2%. Os papéis da Apple AAPL.O saltavam em torno de 3%. O S&P 500 subiu 5,7% na semana passada, mas ainda estava mais de 5% abaixo do nível em que se encontrava antes do anúncio das tarifas que Trump chama de "recíprocas" neste mês. .N
Mas as notícias sobre as tarifas relacionadas à área de tecnologia ajudaram apenas um pouco os títulos do governo dos EUA, que tentavam se recuperar das quedas sofridas na semana passada, e o dólar era negociado em uma faixa estreita novamente, com as oscilações na política comercial norte-americana deixando investidores confusos e analistas pessimistas no longo prazo.
A pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas e as novas concessões feitas no fim de semana "diminuem a probabilidade de uma recessão no curto prazo", escreveram estrategistas de ações do Morgan Stanley U.S. em nota nesta segunda. Ainda assim, eles observaram que as constantes oscilações da política comercial ainda devem exacerbar a incerteza para empresas e consumidores.
"O mercado acionário provavelmente permanecerá em uma ampla faixa de negociação com alta volatilidade até que tenhamos mais certeza sobre a profundidade da desaceleração do crescimento e o momento de uma recuperação", escreveram.
Na renda fixa, os Treasuries ensaiavam uma recuperação, com o rendimento de dez anos US10YT=RR caindo cerca de 8 pontos-base, para 4,409%. Porém, como o retorno subiu 50 pontos-base na semana passada, a maior alta semanal nos custos de empréstimos em décadas, qualquer entusiasmo com as notícias era limitado.
A alta dos rendimentos na semana passada foi acompanhada por uma queda do dólar, de ativos seguros como o iene e o franco suíço, e também do euro. O declínio seguia nesta segunda-feira, com o índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, em baixa de 0,34%.
((Tradução Redação Brasília))
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