MERCADOS GLOBAIS-Ações globais ampliam liquidação sem clareza sobre tarifas e economia

Por Sinéad Carew e Alun John

NOVA YORK/LONDRES, 11 Mar (Reuters) - Após uma queda acentuada na segunda-feira, as ações voltaram a perder terreno nesta terça, embora em ritmo mais lento, já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que dobrará as tarifas sobre as importações de metais canadenses, alimentando as preocupações de que as tarifas poderiam ajudar a causar uma recessão econômica.

No entanto, os rendimentos dos Treasuries subiam junto com os preços do petróleo, mesmo depois de Trump ter dito nesta terça que instruiu seu secretário de comércio a adicionar uma tarifa adicional de 25% sobre todo o aço e alumínio provenientes do Canadá que chegam aos Estados Unidos, elevando a tarifa total sobre esses produtos para 50%.

Na véspera, o S&P 500 .SPX sofreu sua maior queda diária este ano, enquanto o Nasdaq .IXIC teve sua maior perda percentual em um único dia desde setembro de 2022. Isso ocorreu em reação à entrevista do presidente Trump à Fox News no fim de semana, na qual ele se recusou a descartar uma recessão resultante de suas políticas comerciais e falou sobre um "período de transição".

Além das preocupações com as tarifas, dados desta terça-feira mostraram que a confiança das pequenas empresas dos EUA caiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, eliminando grande parte dos ganhos obtidos após a vitória de Trump nas eleições de novembro.

O mercado também aguarda a leitura do índice de preços ao consumidor dos EUA de fevereiro na quarta-feira para obter informações sobre as condições de inflação.

Uma leitura alta se somaria aos dados mais fortes do que o esperado do mês passado, com o maior avanço mensal de preços desde agosto de 2023.

O Dow Jones Industrial Average .DJI caía 1,15%, para 41.428,39 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX recuava 0,73%, a 5.573,66 pontos e o Nasdaq Composite .IXIC tinha queda de 0,27%, para 17.420,81 pontos.

O indicador da MSCI de ações de todo o mundo .MIWD00000PUS perdia 0,76%, para 826,42. O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX caiu 1,8%.

Os rendimentos dos Treasuries se estabilizavam, afastando-se das mínimas de cinco meses atingidas mais cedo na sessão.

O rendimento das notas de referência de 10 anos dos EUA US10YT=RR subia 3,6 pontos-base para 4,249%, de 4,213% no final da segunda-feira.

A taxa do título de 30 anos US30YT=RR tinha alta de 4,1 pontos-base, para 4,5804%, e o rendimento da nota de 2 anos US2YT=RR, que normalmente acompanha as expectativas de taxa de juros do Federal Reserve, subia 0,8 ponto-base, para 3,904%, de 3,896%.

Em relação às moedas, o dólar subiu para a máxima de uma semana em relação ao dólar canadense, enquanto o euro atingiu um novo pico de quatro meses ante o dólar, devido às expectativas de um acordo de gastos com a defesa alemã.

O dólar canadense CAD= enfraquecia 0,26%, para 1,45 por dólar. O euro EUR= tinha alta de 0,82%, a US$1,0921, enquanto contra o iene japonês JPY= o dólar se fortaleceu 0,09%, para 147,39.

(Reportagem de Sinéad Carew em Nova York, Alun John em Londres, Ankur Banerjee em Cingapura; reportagem adicional de Dhara Ranasinghe)

((Tradução Redação São Paulo))

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