Investing.com – O Goldman Sachs (NYSE:GS) reduziu sua projeção de preço para as ações da Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) nos próximos 12 meses, passando de US$ 345 para US$ 320. A decisão reflete entregas de veículos mais fracas que o esperado em regiões-chave e desafios contínuos na demanda.
"Revisamos para baixo nossas estimativas de entregas, que já estavam abaixo do consenso, considerando os dados do trimestre até o momento nas principais regiões (China, Europa e EUA), além do que acreditamos ser uma tendência mais ampla de enfraquecimento da demanda," escreveram os analistas do banco.
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A nova previsão para as entregas do primeiro trimestre caiu para 375.000 veículos, ante 399.000 na estimativa anterior do Goldman e bem abaixo do consenso de mercado, que aponta para 426.000 unidades.
O banco atribui parte dessa fraqueza à transição do Model Y, mas também observa que a demanda subjacente está mais fraca do que o esperado anteriormente.
Os números por região sugerem uma desaceleração significativa.
Nos EUA, as entregas até fevereiro estão estáveis em relação ao ano anterior, mas apresentam queda expressiva na comparação trimestral.
Na Europa, dados de registro de veículos indicam uma queda de mais de 40% na comparação anual em janeiro, enquanto a retração acumulada até fevereiro oscila entre 20% e 30% em mercados importantes, como Reino Unido e Espanha.
Na China, os dados da CPCA (Associação de Carros de Passeio da China) apontam uma queda na casa de um dígito percentual nas vendas no varejo, embora março possa mostrar melhora com o aumento da produção do Model Y.
Sobre o Full Self-Driving (FSD), o Goldman vê avanços na versão 13, mas avalia que a Tesla pode enfrentar dificuldades para monetizar essa tecnologia na China. O banco destaca que o país tem múltiplos concorrentes oferecendo soluções avançadas de direção assistida (ADAS) sem a necessidade de um pacote de software adicional.
Apesar do otimismo no longo prazo quanto ao crescimento da receita de software da Tesla, o banco mantém cautela no curto prazo, reiterando sua recomendação Neutra para as ações. Além disso, ressalta que suas projeções de lucro para 2025 continuam abaixo do consenso de mercado.