BOLSA EUA-S&P 500 termina em baixa com forte queda da Nvidia após balanço

Texto atualizado com mais informações

Por Noel Randewich e Johann M Cherian

26 Fev (Reuters) - Os índices S&P 500 e Nasdaq encerraram em forte queda nesta quinta-feira, pressionados por uma baixa nas ações da fabricante de chips Nvidia, depois que seu balanço trimestral não conseguiu reacender o rali dos papéis relacionados à inteligência artificial (IA) em Wall Street, enquanto investidores se concentraram em dados que apontam para uma desaceleração da economia dos Estados Unidos.

A Nvidia NVDA.O caiu 8,5%, encolhendo US$274 bilhões em valor de mercado, depois que a empresa do Vale do Silício apresentou uma previsão trimestral mais fraca do que o esperado para a margem bruta, que ofuscou uma perspectiva de receita positiva.

As quedas das fabricantes de chips Broadcom AVGO.O, que recuou mais de 7%, e Advanced Micro Devices AMD.O, que perdeu 5%, fizeram o índice Philadelphia de semicondutores .SOX ceder 6,1%.

O lançamento de modelos de IA de baixo custo da DeepSeek, da China, em janeiro esfriou o rali do setor em Wall Street, enquanto um relatório de analista desta semana sugerindo que a Microsoft está descartando alguns aluguéis de data centers também levantou preocupações sobre o excesso de capacidade de IA.

Com os resultados e as perspectivas da Nvidia frustrando expectativas elevadas dos investidores, suas ações caíram quase 20% em relação ao seu recorde registrado em 6 de janeiro.

"Os ganhos da Nvidia foram bons, mas não como os ganhos fortes que eles vêm apresentando há algum tempo", disse Scott Welch, diretor de investimentos da Certuity.

O Dow Jones .DJI caiu 0,45%, para 43.239,50 pontos. O S&P 500 .SPX perdeu 1,59%, para 5.861,57 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC recuou 2,78%, para 18.544,42 pontos.

Foi a maior queda percentual diária do Nasdaq em um mês.

Embora as ações de tecnologia tenham recuado, outras partes do mercado registraram ganhos. O setor de energia .SPNY do S&P 500 subiu 0,5%, acompanhando um salto nos preços do petróleo bruto depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou a licença da grande petrolífera Chevron para operar na Venezuela.

((Tradução Redação Brasília))

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