Investing.com – Após um terceiro trimestre com alta na inadimplência e aumento das provisões relacionadas ao setor do agronegócio, analistas esperam tendência semelhante no balanço do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) referente ao quarto trimestre do ano passado. Os dados serão apresentados nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, após o fechamento dos mercados.
Em novembro, a empresa ajustou guidance para provisão para créditos de liquidação duvidosa, perdas estimadas de valores que podem não ser pagos pelos devedores. A projeção ficava entre R$31 bilhões e R$34 bilhões em agosto, mas passou para entre R$34 bilhões e R$37 bilhões em novembro.
O Bank of America (NYSE:BAC) estima um lucro final de R$37,8 bilhões em 2024, conforme indicado no guidance do banco, que é entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões. “Esperamos que o crescimento total do NII desacelere, pois o rápido aumento da taxa Selic pode trazer um NII de mercado melhor do que o esperado, que deve ser parcialmente compensado por um NII de cliente mais fraco”, destaca o BofA.
O banco enxerga expansão da carteira de empréstimos em 11% no ano passado, também dentro do guidance, que prevê entre 8% e 11%. O indicador foi mencionado como possível driver no trimestre com “alguma recuperação do setor rural, compensando parcialmente a desaceleração do portfólio de consumo”.
Além disso, o BofA antecipa possível piora na inadimplência na base trimestral, de olho na qualidade dos ativos no segmento rural e encargos de provisão – estes possivelmente acima do estimado pelo BB. O banco recomenda posição neutra na ação, mesmo considerando valuation atrativo, diante de mudanças regulatórias no setor.
Apesar de indicar compra na ação, a XP (BVMF:XPBR31) espera um trimestre difícil para a instituição financeira. Os analisas também antecipam um crescimento da carteira de empréstimos rondando o limite superior do guidance e crescimento sequencial da inadimplência, principalmente no agronegócio.
“No geral, esperamos resultados decentes para o Banco do Brasil, impulsionados por dinâmicas saudáveis na receita, mas com um lucro líquido estável refletindo provisões ainda pressionadas”, argumenta a XP.
No terceiro trimestre, o Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$9,515 bilhões, com uma rentabilidade medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido de 21,1%.
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