A Cochlear da Austrália enfrenta o pior dia em 5 anos com lucros fracos, prevê

Por Aaditya GovindRao

14 Fev (Reuters) - As ações da Cochlear COH.AX estavam a caminho de sua pior sessão em cinco anos na sexta-feira, depois que a fabricante australiana de implantes auditivos relatou lucro no primeiro semestre abaixo das estimativas e previu lucros anuais na extremidade inferior de sua faixa anterior.

A ação, uma das mais caras do índice de referência até o fechamento de quinta-feira, caiu até 13,5% e parecia pronta para registrar sua maior queda em um único dia desde 16 de março de 2020. Estava entre as maiores perdedoras do índice S&P/ASX 200 .AXJO, que subia 0,4%, às 00h51 GMT.

A Cochlear, sediada em Sydney, disse que agora espera que seu lucro subjacente no ano fiscal de 2025 fique na extremidade inferior da faixa de US$ 410 milhões a US$ 430 milhões prevista em agosto, citando menor contribuição de seu segmento de serviços.

A empresa também prevê um declínio de um dígito na receita de serviços do ano inteiro, em comparação com sua expectativa anterior de um crescimento modesto. O segmento de serviços responde por cerca de 26% da receita total da empresa.

"Nos EUA, as pressões do custo de vida têm sido um fator que atrasa a substituição da antiga tecnologia de processamento de som, já que muitos beneficiários incorrem em despesas próprias para financiar seus novos processadores de som", disse a empresa em um comunicado.

O lucro líquido subjacente da Cochlear foi de US$ 205,5 milhões no primeiro semestre do ano, abaixo da estimativa de consenso do Visible Alpha de US$ 209,3 milhões, de acordo com o consultor de investimentos Jarden.

A receita do segmento de serviços, que oferece atualizações de processadores de som para implantes auditivos, caiu 13%, prejudicada pela lenta aceitação do mais recente processador de som "Nucleus 8" da Cochlear.

"Novas expectativas de estar na extremidade inferior da orientação de lucro podem ser motivo de preocupação ou podem ser apenas um contratempo se a receita de serviços no ano fiscal de 2026 puder aumentar novamente com lançamentos de novos produtos", disseram analistas do UBS em nota.