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Cerca de 33% das vendas de iPhone podem ser impactadas por tarifas de Trump

Investing.com3 de fev de 2025 às 17:21

Investing.com -- Analistas do UBS estimam que cerca de um terço do faturamento da Apple (BVMF:AAPL34) (NASDAQ:AAPL) com iPhones pode ser diretamente afetado pelas tarifas anunciadas pelos EUA sobre produtos da China, Canadá e México. O impacto pode pressionar as margens da empresa e reduzir seu lucro por ação.

De acordo com o UBS, os iPhones montados na China e enviados para os EUA representam aproximadamente um terço das unidades vendidas anualmente e uma parcela ainda maior da receita, devido à predominância dos modelos mais caros nesse segmento.

"Sem uma compensação para a tarifa de 10% aplicada à China, esperamos que as margens brutas da Apple sofram uma pressão de 100 pontos-base, com uma redução de aproximadamente 3% no lucro anual por ação apenas no segmento de iPhones", afirmaram os analistas.

Embora a Apple tenha uma exposição mais quantificável, o UBS destaca que várias empresas de hardware e redes de tecnologia também enfrentam riscos devido à dependência de fabricantes terceirizados em regiões impactadas pelas tarifas.

"As cadeias de suprimentos de tecnologia se diversificaram muito além da China na última década, mas muitas delas migraram para regiões que agora também enfrentam tarifas, como México e Canadá", explicou o banco.

Entre as empresas do setor de redes, algumas estão mais protegidas do que outras. O UBS destaca que a Extreme Networks tem exposição limitada, pois seus fabricantes contratados possuem fábricas em Taiwan, Vietnã, Filipinas e Tailândia. A NetApp (NASDAQ:NTAP) também está relativamente protegida, tendo transferido a maior parte de sua produção da China para os EUA, Holanda, Hungria e Cingapura.

Por outro lado, algumas empresas enfrentam riscos consideráveis. O UBS aponta que a Jabil tem uma presença importante tanto no México (15% da produção) quanto na China (20%). Da mesma forma, Arista e Celestica (NYSE:CLS) possuem operações expressivas nesses países, tornando-se mais vulneráveis ao impacto das tarifas.

O UBS avalia que as tarifas devem permanecer em vigor por um período prolongado. Segundo os analistas, a forte dependência do Canadá e do México das exportações para os EUA confere ao governo americano "um certo grau de vantagem nas negociações".

Diante desse cenário, investidores devem monitorar de perto os desdobramentos das tarifas e seus impactos sobre a cadeia de suprimentos global, especialmente para empresas altamente expostas ao comércio internacional.

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