
Investing.com – Analistas demonstraram preocupação com a qualidade dos ativos do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), ainda que os lucros tenham vindo levemente superiores ao esperado por grandes instituições financeiras. Às 10h21 (de Brasília), as ações do BB apresentavam queda de 3,82%, a R$24,97.
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O lucro líquido gerencial ajustado somou R$9,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma expansão de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. As despesas de PCLD Ampliada, relacionadas com o risco de crédito, aumentaram 21% no trimestre e 26,9% na comparação anual, de acordo com release de resultados do banco, diante do crescimento da inadimplência no segmento agro.
A bandeira amarela estaria “ficando laranja”, na visão do BTG (BVMF:BPAC11), que indica compra na ação, com preço-alvo de R$34, mesmo com a preocupação em relação às tendências da qualidade dos ativos. Os dados trimestrais de lucro por ação teriam vindo em linha com o previsto, mas o cenário geral foi de resultados piores do que o esperado.
“Ao longo dos últimos meses, a gestão sinalizou a deterioração das condições na carteira agrícola, o que também levou a um início mais lento dos desembolsos para o novo plano de colheita, provavelmente piorando a situação no terceiro trimestre”, disseram os analistas do BTG.
Como o Banco do Brasil é líder em agronegócio, o BTG acredita que a instituição pode “renegociar prazos, recuperar perdas e executar garantias”, mas alerta sobre o receio com a deterioração das métricas.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) também ressaltou uma deterioração do custo do risco causada pelos empréstimos rurais. Neste segmento, a inadimplência subiu 70 pontos base no trimestre, devido a pressões relacionadas à cotação das commodities, custos de produção e eventos climáticos que teriam afetado principalmente os produtores de soja da região Centro-Oeste. “Embora essas condições fossem um tanto esperadas, a magnitude das provisões foi uma surpresa”, completou o banco, que segue com recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo em doze meses de R$32.