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EUA dizem à ONU que vão privar Maduro e cartel de drogas da Venezuela de recursos

Reuters23 de dez de 2025 às 23:12

Por Michelle Nichols

- Os Estados Unidos informaram às Nações Unidas nesta terça-feira que vão impor e aplicar sanções "ao máximo" para privar o presidente venezuelano Nicolás Maduro de recursos, enquanto a Rússia alertava que outros países latino-americanos poderiam ser os próximos.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, há meses vem realizando uma campanha de ataques letais contra barcos suspeitos de tráfico de drogas na costa venezuelana e na costa do Pacífico da América Latina. Ele ameaçou ataques em terras venezuelanas.

"A ameaça mais séria a este hemisfério, à nossa própria vizinhança e aos Estados Unidos, vem de grupos terroristas e criminosos transnacionais", disse o embaixador dos EUA na ONU, Mike Waltz, ao Conselho de Segurança da ONU.

Os EUA aumentaram sua presença militar na região e Trump anunciou um bloqueio de todas as embarcações sujeitas às sanções dos EUA. Até agora, neste mês, a Guarda Costeira dos EUA interceptou dois navios-tanque no Mar do Caribe, ambos totalmente carregados com petróleo bruto venezuelano. A Guarda Costeira também está perseguindo um terceiro navio vazio que estava se aproximando da costa do país da Opep.

"A realidade da situação é que os petroleiros sancionados operam como a principal linha de vida econômica para Maduro e seu regime ilegítimo. Os petroleiros sancionados também financiam o grupo narcoterrorista Cartel de Los Soles", disse Waltz.

Washington designou o Cartel de los Soles, ou Cartel dos Sóis, como uma organização terrorista estrangeira no final do mês passado pelo suposto papel do grupo na importação de drogas ilegais para os EUA e acusa Maduro de liderá-lo. O governo da Venezuela rejeitou o que chamou de medida "ridícula" para designar o grupo "inexistente".

"Essa intervenção que está se desenrolando pode se tornar um modelo para futuros atos de força contra os Estados latino-americanos", disse o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, ao Conselho de Segurança, citando um documento de estratégia recente de Trump segundo o qual os EUA reafirmarão seu domínio no Hemisfério Ocidental.

Waltz falou depois de Nebenzia e não respondeu diretamente ao comentário.

A China pediu aos Estados Unidos que "interrompam imediatamente as ações relevantes e evitem uma nova escalada das tensões", disse o vice-embaixador chinês na ONU, Sun Lei, ao conselho.

A Venezuela, apoiada pela Rússia e pela China, solicitou a reunião desta terça-feira, a segunda realizada sobre a escalada das tensões. O Conselho de Segurança se reuniu pela primeira vez em outubro.

(Reportagem de Michelle Nichols)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS MCM

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